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domingo, 20 de abril de 2008

made in france, rio vermelho

você quer apenas tomar uma cerveja. mas claro que isso não é possível, visto que passam 200 mil pessoas vendendo tudo o que você poderia querer comprar enquanto está ali, sentado ocioso numa mesa de bar. tem gente com bijuterias, bizarras ou não, querendo saber se você quer dar uma olhada no "meu trabalho", tem o inevitável poeta que vende seus livros nas ruas, tem os meninos que vendem balas, e você ainda consegue se surpreender quando um cidadão chega anunciando "chiclete que dá choque, caneta que dá choque, cortador de unha que dá choque", e, não contente com isso, vai demonstrar seu produto para uma freguesa em potencial, aplicando-lhe um choque (ela deve ter virado inimiga em potencial depois disso).

aí você, com medo da chuva, migra para uma mesa dentro do bar, onde é possível observar uma criança de 5 anos dormindo na mesa, há horas, já que sua mãe não quer largar o copo. e é abordado, pela janela com grades, por um dos malucos habituais do bairro, que seu amigo já conhece. eu corro léguas de maluco, mas tem gente que curte.

mas o que esperar de um bar que aceitou veicular, no espelho do seu banheiro feminino, um anúncio do seda chocolate que diz assim: "se o garçom desequilibrar a bandeja, a culpa é do seu cabelo. você, irresistível como o chocolate. novo seda chocolate"?

2 comentários:

menina_pati disse...

nossa, super uó gente que leva filho para o boteco.
1) incomoda os inocentes que têm o bom senso de não ter filhos/se têm filhos não encher a cara na frente deles

2) depois acha ruim quando com 18 anos o moleque entra em coma alcólico na formatura.

Anônimo disse...

haha que bar dos infernos. do-rey.