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terça-feira, 9 de junho de 2009

naquele tempo...

ok, ok, o período de bolas de feno rolando por aqui passou. vou tentar aparecer pelo menos uma vez por semana, sem muita autocobrança e tal. eu já disse que se tivesse uma maquininha ligando meu cérebro com um processador de texto, minha vida seria BEM mais fácil (e esse blog estaria sempre bombando de posts). mas não tem, né? então a gente se vira do jeito antigo mesmo.

hoje na hora do almoço minha mãe estava dizendo que ela se lembra da época em que não existia plano de saúde. e já tem um tempo que eu queria falar sobre coisas que não existem desde sempre ou existiam quando eu era criança/adolescente. até porque todo mundo aqui é mais ou menos da mesma idade (se você é odiosamente novo, pode rir também, eu deixo).

então, gente, o mundo já foi assim (bom, estou aqui resgatando memórias que podem não ser de todos):

não existia filtro solar
e nem pedro bial mandando a gente usar filtro solar. sério, sério. tá, não é que não existia, mas ninguém no brasil usava, só tinha coppertone (aquele do cachorrinho puxando o biquini da menina, que, por sinal, é jodie foster), e minha mãe tinha um tubo de pomada noskote que nunca acabava (porque, como eu disse, ninguém usava). basicamente, você passava o verão inteiro na praia sem usar nenhum produto besuntante que não fosse óleo bronzeador - minha mãe usava o bronzeador juruá, que vinha de belém do pará e tinha consistência de azeite de dendê misturado com mel. tinha até um povo maluco que passava coca cola pra dar aquele bronze.
então, um belo dia, apareceu o sundown. que, quando surgiu, tinha 3 opções: FPS 4, 8 e 12. eu usava o 4, e minha irmã, que hoje usa praticamente filtro solar barraca líquida usava o 8. é, não existia filtro solar mas ainda existia camada de ozônio...

condicionador se chamava creme rinse
e ainda digo mais: cada marca devia ter um. nada desse negócio de específico pra cabelos tingidos, cacheados, lisos, alisados, bla bla bla. a payot tinha um rosa (que se chamava creme rinse), tinha o neutrox 1 (amarelo, pra uso no banho) e 2 (rosa, pra praia e piscina), o boticário apareceu e tinha um.
aliás, o boticário, quando apareceu, devia ter tipo 10 produtos. super me lembro do shampoo de maçã verde (na década de 80 o pessoal curtia shampoo de maçã verde, depois sumiu), desse condicionador que vinha num frasco marrom e tinha tampa de metal QUE ENFERRUJAVA, e, claro, já tinha o acqua fresca, que deve ter sido o perfume usado pelos dinossauros (junto com aqueles da linha cristal da avon).

os shampoos tinham "sabores" estranhos
além do já citado maçã verde do boticário (tinha da niasy também, mas não lembro mais o nome do produto), era mega comum shampoo de ovo. juro, gente. tinha o seda ovo, o wella seleção ovo...
ah, sim, existia um shampoo chamado wella seleção. eu até hoje não me conformo com isso, até porque não tinha nada a ver com futebol.

existiam deditos
e nem venham dizer que hoje tem palitos de chocolate, porque deditos é insubstituível. nenhum, nenhum, NENHUM é tão bom quanto ele.

hidratação se chamava "massagem"
pelo menos aqui em salvador.
aliás, até hoje você vai achar gente que fala que vai dar uma massagem no cabelo. e dar uma escova. e tomar um curso de computador.

a gente ouvia o resultado do vestibular no rádio
e no dia seguinte saía no jornal, que você comprava e ficava lendo TODAS as listas pra achar os conhecidos.
agora não, tem essa facilidade de internet, a vida desse povo é muito fácil. e bem menos emocionante, porque ficar de galera ouvindo a lista de aprovados no rádio empolga muito mais do que acessar um site, jogar seu número de matrícula e ver o nome lá. acreditem em mim.

existiam os brinquedos estrela
não sei pra vocês, mas pra mim, brinquedo era estrela (tirando jogos, que eram grow). sabe aquela coisa de "existe a globo e existem as outras (que eram basicamente o SBT, a bandeirantes e a manchete)"? então, pra mim era assim com a estrela. meus brinquedos preferidos de todos os tempos (que não eram importados) eram da estrela: coleção moranguinho, querido pônei, ursinhos carinhosos, barbie, snoopy de pelúcia, snif snif...
e os comerciais? quando chegava perto do dia da criança, eles começavam a passar na tv, com todos os brinquedos, e a gente via aquilo e ficava com os olhos brilhando.
o jingle era algo. quero ver quem foi criança nos anos 80 e é capaz de ver esse vídeo sem se emocionar. eu quase chorei:



aliás, os jingles merecem uma menção especial; até hoje eu canto "trem das onze" na versão estrela:
não posso ficar nem mais um minuto sem big trem
sinto muito, mamãe, mas não pode ser
gosto de emoção
se eu perder esse trem que a estrela fez pra toda hora
só quem não tem coração
e além disso, mamãe, tem outras coisas
vai pra frente, vai pra trás e faz piuí
sou filho único
quero um big trem para brincar

o mundo era politicamente incorreto
por exemplo, eu tive uma boneca que passava roupa e enceradeira no chão, e que se chamava AMELINHA.
a tv exibia programas como tv pirata, que não só sacaneava com os planos econômicos como ainda tirou uma com a cara de narjara turetta ("a partir de hoje, um saco de pitombas passa a valer uma narjara turetta").
a revista manchete tinha uma edição especial de carnaval com um monte de fotos de mulheres seminuas, inclusive no baile vermelho e preto, que, na minha concepção, só podia ser um lugar onde só tinha prostituta.
não vou dizer que era melhor, já que o povo tava basicamente cagando pras minorias e pro meio ambiente, se você fosse ao psicólogo era problemático, só maluco ia no psiquiatra e tal. mas também na hora de ir a forra, exageraram pro outro sentido, porque atualmente tá foda.

absorvente íntimo não tinha abas
sim, colega, pasme. eu mesma não sei como a gente conseguia não se manchar inteira com eles. e também não tinha cobertura sempre seca (que maravilha é aquilo pra deixar uma mulher assada nas partes pudendas, não?) nem aquela tecnologia que transforma xixi em flocos de gelatina - ah, não, isso era pras fraldas descartáveis. o que me lembra que franda descartável era artigo de luxo, pra usar quando o bebê fosse sair e não obrasse o carro/as outras pessoas/a roupa nova. no dia a dia, era todo mundo usando fralda de pano.

não existia photoshop
sim, as mulheres saíam peladas e a gente efetivamente sabia como elas eram. e silicone não rolava, nem nos peitos e nem nos cabelos.
aliás, como o estatuto da criança e do adolescente é de 1990, menores de 18 anos saíam peladas, tipo luciana vendramini, que foi paquita meia hora só pra sair fantasiada na capa da playboy.

as pessoas não tinha gaydar
não mesmo. o cara tinha que ser tipo um ney matogrosso para ser identificado como gay. e um viadeiro era sex symbol (das mulheres): freddie mercury, lauro corona (que eu achava lindo por causa da novela direito de amar, mas, oi?, eu tinha 10 anos), george michael...

não existia leave-in (creme sem enxague)
junte isso ao fato de que você lavava seu cabelo com shampoo wella seleção ovo, passava creme rinse e secava com a toalha e saía saltitante e você vai entender porque os cabelos da década de 80 eram tão satânicos.

michael jackson era preto
e é por isso que poliana explica, a quem nunca jogou, nem sabe como se joga perfil, as regras da seguinte forma (não estou exagerando): "o jogo é assim, uma pessoa lê as dicas, você escolhe um número, a pessoa lê a dica, por exemplo: 'sou negro', e aí você tem que responder michael jackson porque o jogo é velho". gotta love her.
ah, além de preto, ele tinha nariz.

terça-feira, 26 de maio de 2009

silence is golden?

pois é, o que fazer quando a gente se sente não comunicativo? quem souber a resposta vai ajudar a resolver o problema da falta de posts por aqui...

domingo, 10 de maio de 2009

your mother should know


mãe é tão importante que, como diz denise stoklos, você vai pra terapia e a conversa é mais ou menos assim:

"porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque meu pai, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha tiiiiiia, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha avó, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque meu primo, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha irmã, porque minha mãe, porque minha mãe...".

a minha passou boa parte da vida dizendo que uma coisa que ela nunca ia fazer era pagar análise pra filho, porque onde já se viu pagar pra alguém ficar falando mal de você? pois é, ela pagou análise pra mim. e eu, claro, falei mal dela. e se tem alguém aí me condenando, é porque ou não tem mãe, ou nunca fez análise.

(agora é o momento do post em que eu faço uma pequena redação minhas férias homenagem relatando tudo o que a mamãe me ensinou.) então, com ela eu aprendi:

- a não depender de marido pra nada, a me sustentar sozinha, a não sonhar com casamento e nem com ser mulher e dona-de-casa, ponto;

- que não adianta nada estar com as unhas da mão benfeitas se seu pé estiver uma coisa horrorosa, com garras e aquele calcanhar seco e rachado (ou seja, no desespero, se eu só puder fazer um dos dois, será SEMPRE o pé, salvo no rigor do inverno), porque as pessoas reparam muito nos pés (bom, as pessoas eu não sei, mas eu reparo bastante);

- a ter muito bons modos à mesa;

- que um banho ajuda a melhorar bastante os sintomas de 95% das doenças e mal-estares (ou seja, quando eu não estou me sentindo bem, se eu puder, irei direto pro chuveiro);

- que a gente pode até achar que não, mas depois de uma noite de sono, a situação que parecia desesperadora na noite anterior está muito menos assustadora;

- a gostar de livros policiais;

- a dar aos outros aquilo que eu tenho e não me serve ou eu não uso mais (desde pequena, com os brinquedos, que a gente levava para um orfanato);

- a fazer minha famosa cara de desprezo e a sobrancelhinha levantada;

- de onde veio todo o meu cabelo;

- e a chamar gente burra de oligofrênico e oligóide (não na cara deles, é óbvio).

dentre outras coisas que não me ocorrem no momento. além do trivial, claro. obrigada, mãe!

tem também as coisas que ela me ensinou e eu não aprendi, mas nessa hora a banda entra cantando maria, maria, ei, mãe, não sou mais menino, we are family, qualquer coisa pra encerrar o assunto e evitar discussões.

então, galere, pra quem é mãe, pra quem tem mãe (mesmo que seja uma mãe emprestada), feliz dia das mães! e, por favor, não comprem presentes bregas, tipo corações com braços, nem mandem telemensagens ou telegramas animados para suas mães. vamos fazer do mundo um lugar melhor, por favor.



well... about almost everything.

sábado, 9 de maio de 2009

brasil: ame-o ou deixe-o? quero uma 3ª opção!

tem horas que eu penso que esse país não tem jeito, e só nascendo de novo.

começo esclarecendo que não sou antipatriótica, nem penso que gostaria de mudar de país correndo se tiver a menor chance. nunca morei fora, mas imagino que, assim como eu saí de salvador e, em são paulo, era mais baiana que aqui (mesmo a quilômetros do estereótipo), lá fora eu teria saudade de muitas coisas daqui e terminaria encarnando uma brasileira com muito orgulho. em tese.

em tese porque, por outro lado, o comportamento dos conterrâneos no exterior, por vezes, me mata de vergonha. não estou falando, por exemplo, daquela brasileira na suíça que supostamente forjou um ataque a si mesma e alegou ter sofrido agressões de neonazistas, porque isso não é um comportamento típico do brasileiro, mas sim atribuível a pessoas de qualquer nacionalidade que tenham perturbações psicológicas, ou estejam desesperados sem querer voltar para seu país de origem. o que me faz querer morrer é chegar numa cidade como buenos aires e perceber que pessoas que nunca tinham ido lá decidiram pular o city tour para ter mais meio dia de compras (já seria um e meio sem o city tour). minha mãe me disse que, em outubro do ano passado, quando ela, meu pai e minha irmã estavam lá, o povo via qualquer coisa e ligava (de celular, DDI) para dizer "fulano, tem tal coisa aqui, tá barato, você quer?", e que ela não se espantaria se tivesse gente comprando até ovo dentro deste critério.

uma das coisas que mais me irrita NO MUNDO é o comportamento "lei de gerson": gente que "quer levar vantagem em tudo, certo?". eu acho isso um verdadeiro câncer. é por causa deste tipo de pensamento que a gente vê o povo, no trânsito, que dirige pelo acostamento ou pela contramão e, depois, quer entrar na sua frente. as pessoas não apenas fazem isso como ainda se acham mais espertas que a maioria dos ursos (/zé colmeia), e consideram otário quem não faz.

já fui sacaneada pela galera porque avisei ao professor que a nota estava errada para mais. claro, na hora de reclamar que a soma deu menos do que deveria, todo mundo faz. aparentemente, também sou otária porque devolvo troco a maior, ou porque não fico caçando formas de sonegar imposto de renda, ou porque sempre dou 10% de serviço (fora quando o serviço é horroroso, como forma de protesto).

outro dia eu fui obrigada a ouvir educadamente (e sem poder discutir) a seguinte pérola: "ah, se sua avó ainda fosse viva, e acm também, ela poderia falar com ele pra ele resolver sua situação e botar você pra dentro do tribunal" (como juíza). porque né?, já que tem mutreta no concurso, eu também mereço ter a minha mamata. OI?????? isso sendo que minha avó não era amiga de acm, sendo que se eu sonhasse que isso aconteceu, ia morrer de vergonha própria, além de me sentir diminuída na minha capacidade.

ó, não dá não. as pessoas reclamam do congresso nacional, mas acham certo entrar com ação indenizatória por danos morais com base em QUALQUER COISA (vamos aprender que MEROS DISSABORES E ABORRECIMENTOS NÃO CARACTERIZAM DANO MORAL?). ou então assinam contrato de banco e cartão de crédito, ficam devendo (não pelas circunstâncias, mas quase que de forma premeditada) e aí, entram em juízo pra renegociar as cláusulas e pagar quase nada. porque otário, claro, é quem pagou todas as parcelas. ou então usam o argumento de que os preços são indecentes e fazem carteirinha de estudante falsa.

aliás, o angu da carteirinha de estudante tem muito caroço. porque é bonito o governo inventar a lei da meia entrada e repassar a galinha pulando para o promotor do show, o dono do cinema e tal, sem pagar um centavo de subsídio. fazer compras com o cartão de crédito dos outros é sempre bom, né? agora, o motivo pelo qual um estudante deveria ter o direito de pagar meia entrada num show do chiclete com banana escapa à minha compreensão.

sabe o que é pior? é que se você quer ser correto, toma na bunda com areia. os preços dos ingressos ficam sim mais caros, já que, na prática, mais da metade deles será vendido pela metade do valor. os coleguinhas que ficam inadimplentes e conseguem liminar pra suspender a cobrança da luz fazem com que o custo seja repassado para os coleguinhas que pagam as suas contas. idem para os que têm gato de luz e água. idem pra quem frauda a previdência social (não estou falando das fraudes milionárias, e sim daqueles cidadãos que recebem pensão de quem já morreu, porque se "esquecem" de avisar ao INSS).

por exemplo, vocês sabiam que em são paulo tem uma ação civil pública para impedir a eletropaulo de suspender o fornecimento de energia elétrica aos usuários praticantes de fraude - ou, em outras palavras, proibindo a eletropaulo de cortar a luz de quem faz gato? porque energia elétrica é um serviço essencial. por causa disso, quem não tem gato e nem liminar está basicamente bancando a conta desse pessoal aí, sem sequer ter sido consultado.

enfim, são muitos exemplos de coisas que me dão vergonha de ser brasileira (além da certeza de que tem algum gene sueco em mim) - não que eu seja corretíssima, porque não sou -, e é por isso que eu acho que, certas horas, só nascendo de novo. em outro planeta, de preferência.

p.s. não me perguntem porque eu ando nessa vibe reclamona e raivosa, porque eu juro que não sei.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

não pare na pista

eu costumo ser uma pessoa atenta ao próximo no trânsito. na medida do possível, claro, que tem horas que o sr. volante se apossa de qualquer um. de qualquer forma, me considero um ser de bom senso, e não fico naquela picuinha infantil de não dar passagem ao outro só para andar 5 m e parar no sinal vermelho.

pois então, eu hoje estava dirigindo de volta pra casa, no trânsito rame-rame de meio dia e meia, e praticando gentilezas para os coleguinhas de avenida, e tal. só sei que, num trecho do caminho que fica particularmente um cu-de-boi (como diria meu pai), porque tem carros vindo de duas pistas diferentes que se juntam, e aí outros sobrem uma ladeira pra se encontrar com esses, eu percebi que, tudo bem que existe a lei de murphy, mas dá pra ver que lá na frente estão andando e aqui está tudo PARADO, ah, teve uma mini batida de 2 carros ali. aí eu dou seta pra passar pela outra pista e, ao passar ao lado dos carros parados que estavam empatando o fluxo, vejo os motoristas dos 2 últimos carros a que eu tinha dado passagem batendo boca. sim, sim, as duas pessoas a quem eu tinha dado a vez tinham batido uma na outra.

juro que me deu uma sensação do tipo "de repente, podia ser eu" (o carro da frente não conseguiu fazer meia embreagem na subida e bateu no de trás), logo seguida pelo sentimento de que eu, de alguma maneira, tinha responsabilidade, já que aqueles carros só estavam ali naquele exato momento porque eu, na minha magnanimidade, tinha permitido que eles passassem na minha frente, e tal.

aí eu acordo e me dou conta de que é um fato: as pessoas no trânsito, quando não se comportam como animais, estão com o eterno ar de condescendência e majestade de quem concede ao outro motorista ou ao pedestre a dádiva de passar ou atravessar a rua, mas SÓ PORQUE elas deixaram (eu já li algo assim em algum lugar e juro que não me lembro onde foi; se alguém souber, ou for o autor da ideia, saiba que não estou roubando os créditos, só não me lembro da fonte). e eu, na viagem de achar que minha atitude educada de dar passagem fez tanta diferença na vida de 2 pessoas que, se não fosse por isso, elas não teriam se envolvido numa batida, faço parte do grupo dos magnânimos e preciso me policiar urgente.

ou seja: no trânsito imperam a lei da selva, a lei de gerson, o lexotan e o orgulho. será que dava pra alguém inventar logo um meio de teletransporte compatível com o século XXI?

e como recordar é viver, vamos todos rir com o pateta no desenho do sr. volante e sr. andante.



por que a disney não faz mais destes desenhos? além de engraçados, eles ainda são educativos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

carrá fazendo escola

pelo visto, o coreógrafo de raffaella carrà não se limitou a países latinos. com vocês, armi & danni!



eu adoro que já abre com um globo espelhado com cara de que caiu no chão, quebrou em mil pedacinhos e foi remendado com durepox. aí aparece aquele povo de blusa branca, calça vinho de helanca e tênis, super escolar, zero glamour no modelito, fazendo os passos mais absurdos e fora do ritmo que você imaginar. aí, o príncipe adam da suécia versão gigolô de correntinha dourada aparece fazendo um duets com uma olívia newton-john wannabe, e o povo dançarino continua a fazer nossa alegria: tem passinho de guitarra, tem quadrilha, tem frevo... tem até uma paródia deste clipe no youtube, mas o negócio é que how worse than that can you go? exactly. não tem graça parodiar algo assim, irretocável por suas qualidades intrínsecas.

p.s. poliana, não, a gente não vai dançar isso no seu casamento. eu tenho que manter a dignidade que ainda me resta.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

futuro do pretérito

eu queria dizer que eu estava com toda uma ideia na cabeça de escrever vários posts sobre o livro alta fidelidade, sendo que o primeiro deles seria para dizer que uma coisa com a qual eu não me identifico com o livro é em relação aos top 5. pra mim, é uma tortura quando alguém me manda fazer uma lista dos 5, 10, sei lá quantos melhores alguma coisa. eu já fico estressada só de pensar que não sei ordenar as preferências, aí vejo que também não consigo me limitar ao número proposto e isso só me causa angústia.

nessa parte, eu faria uma pausa pra contar pra vocês que eu tenho uma mania, que é fazer listas. mas não listas de top 5. listas to do, listas dos meus cds, listas absurdas catalogando todas as minhas peças de roupa mais bolsas, cintos e sapatos, todos os meus ítens de maquagem - e olhem que eu tenho bastante - e até meus esmaltes. listas de perfumes ou vinhos bons (pra ter como referência, mas eu nunca sei onde eu as anotei, so what's the point?).

pois então, eu fui boicotada pelo facebook. de repente, me vi lá tranquilamente elaborando listas de 5 vegetais preferidos, 5 ítens de maquiagem indispensáveis, 5 filmes que me fizeram chorar e tal. sim, facebook é a minha nova onda do imperador, de uns 10 dias pra cá. de repente, it's all about essas listinhas e ficar fazendo testes loucamente e comentando os resultados dos testes dos coleguinhas.

pois então, este post é só pra avisar que o suposto post sobre minha não identificação com o top 5 deu xabu (mas não abortei da ideia de falar longamente sobre o livro alta fidelidade e tecer minhas considerações). em breve voltaremos à nossa programação normal.

troféu joinha pulante e vibrante

estou eu pulando de blog em blog dia desses quando me deparo com um post sobre esta reportagem da revista boa forma.

basicamente, ensinando a fazer seu ovo de páscoa light com a casca coberta de barrinhas de cereal. deve ser deliciosa a sensação de mastigar madeirite junto com seu chocolate, não é mesmo?

mas o que me deixou realmente chocada é que os comentários, no tal blog, eram agradecendo pela receita, porque assim daria pra pegar leve na páscoa sem abrir mão do ovo. gente, só eu prefiro ficar sem comer chocolate do que ganhar um troço desses? ou comer apenas um mísero bombom alpino que seja...

sei não. o mundo está muito pissicado com regime, e as pessoas ficam tentando se convencer que serragem no ovo de páscoa é legal. bom, comigo não funcionou.

what's my age again?

eu estou fazendo cursos desde o ano passado. os 2 primeiros eram de duração curta, mas o atual dura 10 meses. e eu estava desde fevereiro atrás de um fichário para guardar minhas anotações, de preferência, um que não custasse o preço de um rim e tal.

mas me deparei com um problema: 98% dos cadernos e fichários são feitos para meninas que gostam de frufrus. aliás, para meninas em idade anterior à puberdade.

eu cheguei à conclusão de que depois que o MOBRAL foi extinto, e os adultos pararam de ter vida escolar, não existe mais como ter um caderno ou fichário digno. piadas à parte, eu não estou exagerando quando afirmo que não existe mais material escolar neutro. ursinho pooh, fada sininho, princesas disney, barbie, hello kitty... é só escolher.

digo mais: quem me conhece sabe que eu não sou uma moça séria e clássica. não me incomodo com coisas de personagens de desenho e tal, pelo contrário, mas né? um pouco de dignidade. não existe mais fichário com aquela capa de papelão super grosso. todos atualmente tem tecidos brilhantes texturizados espalhafaosos, metalassê, penduricalhos, brilhos mil, plumas, babados... o negócio é que as pessoas, principalmente as mulheres, estão achando ótimo essa coisa kidults, então que mal tem ter adesivos da minnie colados no computador?

enfim, eu acho estranho. falou a pessoa que se veste de jeans e camisetas engraçadas, usa melissa, zero moral pra opinar, e tal. mas acho que as pessoas andam perdendo a noção do ridículo. por isso que eu gosto da campanha do seda teens.



porque nem tudo é pra todas MESMO.

p.s. graças a deus consegui encontrar um fichário decente e com um preço decente pra me acompanhar nas aulas. mas deu trabalho.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

jekyll & hyde living inside me

hoje de tarde eu revi lost in translation e, quando o filme acabou, fiquei pensando que é muito cool desejar um final de filme realista-porém-poético, ao som de just like honey (do jesus & mary chain), mas que, na prática, eu acho que prefiro um final feliz de comédia romântica boboca (um estilo que, com raras exceções, não é muito a minha praia) - desde que não baguncem demais na trilha sonora. porque ter uma vida com momentos indies para recordar só faz sentido se você não fica querendo se matar de solidão.

interessante que esta mesma eu, hoje de manhã, terminou de reler bonequinha de luxo e ficou revoltada porque optou-se, no filme, pelo final feliz de comédia romântica boboca, com redenção da heroína e tal, quando o livro tem um final realista-porém-poético e com o bônus de ter sido escrito por truman capote. e sem a saída fácil do viveram felizes para sempre, mas muito melhor, porque, afinal,

pois é, trabalhamos com esquizofrenia, apesar de dar muito trabalho.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

mais uma campanha em prol da extinção dos clichês sem graça

voltando ao tema das piadas que perderam ou nunca tiveram graça, eu acho que entendi o xis da questão: as pessoas devem adorar ouvir e fazer as mesmas piadas, e isso é que explica porque um programa como zorra total faz sucesso (sendo que este formato de repetição semanal das piadas existe há anos, e, se a gente parar pra pensar, jô soares e chico anysio usaram muito, e programas como balança mais não cai e planeta dos homens também - isso pra não falar de a praça é nossa).

porque, gente, só assim para desculpar uma situação como a que agora vou narrar (quem é mulher certamente já passou por isso): você, por um motivo desconhecido (ou, pensando bem, até por um motivo conhecido) fica enjoada. aí comenta com alguém, ou vomita, enfim, exterioriza a sua condição física. adivinhe o que 9 entre 10 pessoas irão dizer? sim, ganhou o prêmio todo mundo que disse que vai rolar alguma piadinha associando enjoo com gravidez. uôu, que sagaz, não? quanta originalidade.

pior: não bastasse o fato de que você vai ser obrigada a ouvir a piadinha, a probabilidade é de que vai ouvi-la várias e várias vezes. ARGH! por que, gente, por que, sendo que: 1) não é original; 2) não é engraçada (vamos encarar os fatos, se a pessoa te fala que não está se sentindo bem, não vai estar a fim de ouvir uma gracinha - você faria piada com alguém que disse que está gripado ou com dor de cabeça?)?

aliás, já que é pra destilar uma certa rabugice, fazendo uma campanha em prol da auto-estima alheia: as pessoas podem estar gordas sem estarem grávidas, o que significa: não parta do princípio que a moça que está de barriga tem um bebê dentro dela. eu digo isso porque não tem nada que te bote mais pro fundo do poço do que ser confundida com uma grávida (já aconteceu comigo, então eu sei). pior: ainda por cima, você é obrigada a explicar que não, não está esperando, está apenas acima do peso (ao invés de ter o direito de se sentir péssima em silêncio, ou de desejar a morte da criatura que deu o fora) . e se isso só acontecesse quando alguém resolve ser gentil e te dar o lugar, já seria ruim, mas pior ainda é ouvir comentário de cobrador do ônibus dizendo que você devia pagar 2 passagens, ou de churrasqueiro insistindo que você pegue mais carne, porque, afinal, "tem que comer por dois". mas nem que a pessoa estivesse grávida mereceria ouvir isso!

por sinal, vamos parar com essa mania, também clichê, de dizer que grávidas comem por dois. se a pessoa estiver a fim, ela vai comer mais, ponto.

também não tem graça piadinhas machistas clichê - de uma forma geral, certos comentários não são engraçados só por serem machistas, mas ficam ainda piores se vêm acompanhados da falta de criatividade que assola a população. então, por favor, evite dizer à sua amiga que está tirando a carteira de habilitação que "ai, coitados dos postes". aliás, eu ando numa vibe meio feminista, então tem várias coisas machistas em que eu ando querendo meter o pau aqui. tpm? oi? sim, trabalhamos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

happy birthday, total eclipse!

então que hoje o blog está completando um ano de existência.

em números? este é o 180º post, e tivemos até hoje 7.605 visitantes. definitivamente, este não é o blog mais pop da internet, mas pelo menos tem seus leitores fiéis (mais fiéis do que a "blogueira", muitas vezes - sim, eu tomo esporádicos puxões de orelha de quéroul quando fico rebelde e sem escrever, agradeçam a ela). tem os que comentam, os que não comentam mas eu sei que leem, e os que eu não faço ideia de quem são (se você estiver nesta categoria e quiser sair do armário, que tal aproveitar esta data comemorativa? :P). isso sem falar de quem cai aqui de paraquedas vindo do google.

então, é isso. não sou muito boa com auto-festejos. nunca sei o que eu faço na hora em que cantam "parabéns pra você" pra mim. mas sei que não ia ficar escrevendo se ninguém nunca passasse por aqui, de modo que eu só tenho a agradecer aos caléga tudo pela audiência.

terça-feira, 31 de março de 2009

a fraternidade é vermelha. o cabelo também.

acho que todo mundo tem aquilo que pode ser chamado de "calcanhar de aquiles da reincidência": aquela coisa que faz e considera meio idiota, mas just can't help it. o meu tem a ver com pintar o cabelo.

obviamente, eu não acho que pintar o cabelo seja meio idiota, tanto que faço isso desde o 2º ano da faculdade, sendo que estou formada há 9 anos (e lá se vão 13 anos). o caminho foi mais ou menos o que dizem por aí que é o das drogas: você começa com algo quase inocente, como cigarrinhos de gordura hidrogenada chocolate da pan, e, quando vê, está vivendo um momento transpotting, viciado em heroína e mergulhando em vasos sanitários infectos para pegar supositórios que você acabou de cagar. então, fazendo a analogia, eu comecei com henna em pó, daquela que você mistura com água e faz uma pasta com cara de lama, passa no cabelo e, quando tira, além dele estar ressecado (henna dá brilho em cabelos oleosos, se o seu é seco, não use, ficadica), está com cheiro de chá de ervas, e o banheiro, imundo. vale mencionar, também, o visual "quarentona meio hippie esotérica" conferido pelo vermelho da henna aliado ao charme dos cabelos naturalmente encaracolados. e aí comecei a ouvir comentários dos amigos no estilo "aê, passou suco de beterraba!".

aí, aproveitando as maravilhas do dólar paritário com o real e da existência da king market (uma loja local de importados que foi a primeira que começou a vender todos os produtos importados que eu conhecia lendo a seventeen), e cansada do trabalho que dava a tal da henna, passei para um tonalizante da clairol. pensando nele hoje em dia, eu rio: era uma garrafinha com o produto já pronto, não tinha que misturar com nada (alõ, amônia? alô, peróxido de hidrogênio?). e eu achava que fazia o maior efeito.

aí, certa feita, inventei de comprar um daqueles clareadores de usar na praia, spray, também na finada king market. sabe como é, eu queria um cabelo ruivo, mas um ruivo verão. e tipo, foda-se que cabelo laranja não combina com pele bronzeada (alguém pensou em alcione?).

fui ficando mais espertinha e apelando pras drogas mais pesadas também: comecei com um "soft tonalizante", passei pro tonalizante de verdade (que o povo chamava de shampoo colorante) e no fim acabei me jogando nas tintas categoria "cobre 100% dos cabelos brancos" (eu não tenho nenhum, é só pra mostrar que, com elas, você vai de fato mudar a cor do seu cabelo), e é nessa categoria que eu estou.

(se você continua pensando na analogia com as drogas, saiba que isso não é o equivalente ao fundo do poço. no mundo dos cabelos tingidos, a coisa mais estúpida - a.k.a. ir atrás privada adentro do supositório cagado - que você pode fazer é acreditar que é capaz de, em casa, fazer luzes e mechas, e comprar algo do tipo "koleston highlights". mais detalhes no fim do post)

claro que o processo de ficar ruiva não transcorreu tranquilo, né? porque tinta vermelha mancha a pele, fica soltando dos cabelos quando você lava durante um tempo (ou seja, uma, duas, três, quatro semanas usando só roupa escura depois de dia de lavar o cabelo), dependendo do tom não combina com qualquer roupa, logo que você pinta é uma cor, que vai desbotando ao longo do tempo e muda totalmente, e vira outra (engraçado que é nessa fase que costuma ficar melhor). da última vez que eu pintei, fiquei com a testa e as orelhas cor-de-rosa e o cabelo levou uns 40 dias (quarenta dias!) soltando tinta quando eu lavava.

(graças a isso, e minha mãe me obrigou a prometer que eu iria, da próxima vez, pintar num salão, que ela ia pagar. eis que estou há quase 5 meses sem pintar, com uma raiz nada digna, nem um pouco a fim de gastar 160 r$ num salão - isso sem contar lavagem, a hidratação que sempre te empurram e a escova pra sair de lá com um cabelo que não corresponde à sua realidade e só te deixa frustrada quando você lava -, mas felizmente achei uma pessoa que vem em casa e cobra um preço deveras honesto. de forma que esta semana eu devo, finalmente, resolver este assunto.

e aí vou poder cortar o cabelo, né? porque aonde que eu vou no salão com esses 10 cm de raiz, pro cabelereiro me fulminar daquele jeito humilhante que só eles são capazes? nem morta!)

lendo tudo o que eu escrevi, que não é um centésimo do que eu poderia contar sobre o tema, me ocorre que, de fato, ser ruiva virou parte do que eu considero minha identidade. porque não é de graça, requer cuidados e retoques, tem a fase pós-tintura que é um saco, e até já gerou muito stress familiar.

para ilustrar minha insanidade e, ao mesmo tempo, explicar a alta nocividade do famigerado koleston highlights, vou narrar um episódio.

eis que ainda na época da faculdade, sabe deus o motivo, resolvi eu ir fazer tintura no salão (coisa inédita na minha vida até então). claro que não gostei, o povo acha que você chega lá pedindo um ruivo, ele passa um tonalizante castanho avermelhado e é a mesma coisa. mas não disse nada, achei que ia me acostumar. aí chego em casa e vejo que eu estou quase morena outra vez, lembro que tinta não clareia tinta, e tenho uma brilhante ideia: eu compro um kit koleston highlights, um tonalizante soft color granada e faço belas e interessantes mechas num tom mais avermelhado, pra abrir o tom do cabelo.

na teoria, tudo certo. na prática, as mechas não eram nada belas e interessantes, mas mediam tipo 10 cm de largura e tinha um tom de cabelo de pagodeiro. mas calma, que com o tonalizante elas ficarão vermelhas.

lavei o cabelo, tirei a tinta, e me olhei no espelho.

grande hera! /mulhermaravilha

pense em merthiolate. pense em lava incandescente. pense na camisa da seleçao da holanda. você está tendo uma noção da cor que as mechas ficaram.

minha mãe viu e deu UM ESCÂNDALO (alguém avisa que o cabelo é meu?), no nível de dizer coisas, dizer mais coisas, dizer ainda mais coisas, e que eu isso, e que eu aquilo, e, quando eu fui dormir e apaguei a luz do quarto (para parar de ouvir bronca, não basta estar com o cabelo cagado?), ela ignorou, e ficou na porta do meu quarto falando, para a escuridão, mal do meu cabelo.

eu não quis dar o braço a torcer e dizer que tinha odiado (mas, pensando bem, podia, né? e com isso, ganhava uma ida ao salão pra consertar o estrago), então, no dia seguinte, acordei cedão, fui à farmácia e comprei um imedia louro escuro vermelho intenso 6.66 (se você acha os nomes de tintas de cabelos interessantes, aguarde o post analisando as cores de esmalte e seus nomes) pra cobrir tudo. e funcionou, porque ela disse, no café da manhã, que vendo de dia, até que não estava TÃO ruim.

mas o orgulho cobrou seu preço. e alto. depois de, vamos contar, uma tintura no salão, um napalm koleston highlights, um tonalizante e, por fim, outra tintura, tudo isso entre quinta de noite e sábado de manhã cedo, meu cabelo ALISOU (não de uma forma boa; ficou com cara de espichado). e foi uma sorte que ele não tenha caído.

pois é. e depois disso, eu parei de pintar? não. continuo aí, junkie de tintas vermelhas, ouvindo de vez em quando meu pai me chamar de pica-pau. tentei a rehab de voltar pro castanho e nunca durou mais que 3 meses (fico achando sem graça), então assumi de vez (ui!). e agradeço se inventarem logo uma tintura em forma de pílula que você engole e seu cabelo nasce da cor que você quer. se já botaram uma orelha nas costas de um rato e clonaram uma ovelha, não deve demorar muito...

domingo, 29 de março de 2009

por isso que eu amo o planeta bizarro...

Polícia é chamada após homem se recusar a ficar nu em swing

Resort de nudismo promoveu festas de sexo para impulsionar o turismo.
Quatro mulheres haviam protestado pelo fato de o homem estar vestido.

Um resort de nudismo na Austrália precisou chamar a polícia depois que um turista se recusou a tirar a roupa durante uma festa de swing (troca de casais), segundo reportagem do jornal australiano "The Courier Mail".

O resort White Cockatoo, em Mossman, perto de Port Douglas, promoveu festas de sexo numa tentativa de impulsionar o turismo.

O proprietário do estabelecimento, Tony Fox, disse que o incidente aconteceu após quatro mulheres nuas terem protestado pelo fato de o homem estar completamente vestido.

"Elas se sentiam desconfortáveis com ele. Eu pedi para ele mostrar algum respeito e tirar suas roupas", disse Fox, destacando que o homem tentou agredi-lo e foi preciso chamar a polícia para expulsar ele e sua mulher do resort.

(fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1030557-6091,00-POLICIA+E+CHAMADA+APOS+HOMEM+SE+RECUSAR+A+FICAR+NU+EM+SWING.html)


Americana se machuca ao tentar aumentar potência do vibrador

Casal usou uma serra para dar a máxima potência ao brinquedinho.
Mulher contou à polícia que se machucou durante um ato consensual.

Uma norte-americana de 27 anos se machucou durante um experimento sexual em Lexington Park, no estado Maryland (EUA), após ela e seu parceiro tentarem aumentar a potência do vibrador usando uma serra acoplada.

Segundo a emissora "NBC Washington", após ligar para a central de emergência da polícia, o homem admitiu que anexou ao brinquedinho sexual uma serra, com objetivo de dar a máxima potência ao vibrador.

No entanto a serra atravessou o brinquedinho sexual e feriu a mulher, que foi levada para o hospital Prince George. O incidente aconteceu no último domingo, mas, no dia seguinte, ela foi liberada do hospital.

A mulher contou à polícia que se machucou durante um ato consensual e que ela e seu companheiro tentaram algo novo para "apimentar a relação". Por isso, de acordo com a polícia, nenhum crime foi cometido.

(fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1040029-6091,00-AMERICANA+SE+MACHUCA+AO+TENTAR+AUMENTAR+POTENCIA+DO+VIBRADOR.html)


tem como não gostar? tem como não ter gastura imaginando uma serra elétrica acoplada num vibrador? tem como não ter vergonha alheia do casal explicando o que aconteceu no hospital? tem como não AMAR sobre todas as coisas a frase "eu pedi para ele mostrar algum respeito e tirar suas roupas"?

numa noite de domingo, pelo MSN...

carolina diz:
cara, mudando de assunto rapidinho: como se calça isso?
http://www.lojamelissa.com.br/lojamelissa.php?secao=Detalhes&modelo=31121




très julie diz:
sei lá. deve ser um modelo pra quem tem prótese de pé.
desatarraxa, bota o pé lá dentro, atarraxa de novo na perna.

carolina diz:
HAHAHAHA

très julie diz:
mas ok, depois de olhar por 5 minutos, eu descobri.
é por trás.
veja as duas vinho, você vai entender, porque a que está mais pra trás está melhor posicionada.




carolina diz:
é, eu sei, mas eu não entendo como isso fica no pé, anatomicamente falando

très julie diz:
é.
prefiro minha explicação.
uma coisa heather mills, essa é pra você!

carolina diz:
HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAA

très julie diz:
porque, né, a melissa, como uma loja moderna, tem que se preocupar com todas as consumidoras.
acho importante, nesse momento de inclusão social.
e essa é o demônio: http://www.lojamelissa.com.br/lojamelissa.php?secao=Detalhes&modelo=30313




carolina diz:
e eu tenho problema com melissas de camurça
cara, e tem cores sortidas, né
medo velocidade 58

très julie diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

e nem é despeito porque em salvador não tem loja melissa, juro. ah, e aceitamos explicações sobre o modo de calçar a primeira.

sábado, 28 de março de 2009

síndrome de estivadora

eu fiquei muito impressionada com algo que li no blog da pher: Como diriam as feministas, a mulher ideal está ligada a uma idéia de diminuição: juventude, traços delicados, corpo magro, voz fina, escassez de pêlos, modos discretos, poucos parceiros, etc. Ou seja, existe essa parte de critérios estéticos. A mulher mais de acordo com os padrões tem mais pretendentes e seria bobagem negar isso.

sim, eu sei que somos educadas a ocupar o mínimo possível de espaço (enquanto os homens fazem questão de conquistar todo o espaço possível, sentando de pernas abertas no metrô, por exemplo), a comer pouco (por uma questão de educação mesmo, para não ficar numa vibe ogro), a falar baixo, a sorrir (sim, as pessoas adoram dizer às mulheres que sorriam, e nenhum desconhecido normal jamais dirá isso a um homem), etc, etc. não é minha pretensão nem meu objetivo fazer um manifesto a respeito da repressão secular feminina e tal. eu só vim falar de mim e de me achar um neardenthal junto deste padrão.

tudo bem que eu não falo alto, nem como de boca aberta, nem como as mãos. mas sempre que tenho a sensação de ocupar mais espaço que o "normal" das mulheres, me sinto assim, grande. e não tem a ver (só) com peso. eu tenho cabelão, bem cheio, comprido, cacheado, uma juba. tenho bocão e sorrisão. falo gesticulando horrores (é quase um milagre que eu não viva batendo nos garços incautos). jamais serei descrita como uma pessoa que anda quase flutuando (e nada como andar com um sapato mais pesado num piso de taco para se sentir um iéti). não sou fisicamente leve (então, nunca serei convidada a dançar coisas que façam com que o parceiro suporte meu peso). não danço suavemente - na verdade, eu já disse diversas vezes que eu não danço, eu faço performance, e alguém vai descrever uma drag queen como delicada? sou engraçada, conto histórias para que as pessoas riam, e isso inclui imitar vozes, trejeitos e afins (ou seja, discreta aonde?). ainda por cima, gosto de acessórios grandes (anéis, brincos, colares, bolsas) e de cores vivas (e odeio tons pastéis).

visualize: dona jura meets viúva porcina meets tancinha da novela sassaricando.

não bastasse isso, ainda me sinto um pouco como aquele personagem de claudia raia na novela rainha da sucata, a "bailarina da coxa grossa". não pela circunferência das minhas pernocas (na verdade, eu tenho canela de sabiá), mas pela característica de ser fisicamente desastrada. vivo me batendo, me prendendo em cabides e maçanetas de portas, e derrubando coisas com o quadril (quem foi o *&%$* que gritou "charlene!"?). também sou bem o tipo de pessoa que é capaz de estar com uma caneta na mão e ao gesticular, arremessar longe (super phyna), ou que quando vai atender o telefone, derruba antes. mas não sou elefante em loja de louças, porque, talvez por me conhecer, eu ajo de forma bastante cuidadosa nas imediações de coisas delicadas e quebráveis.

aí, nada mais justo que minha mãe e minha irmã digam que eu tenho toda uma vibe estivador quando vou abrir a porta, fechar a janela do quarto para ligar o ar condicionado, digitar, mexer o suco (o advérbio usado é "vigorosamente")...

após pintar um retrato da situação, espero que as pessoas entendam o quanto é difícil estar junto de mulheres femininas, magras e mignons sem me sentir um dinossauro, inclusive na altura. e não adianta me dizer pra andar só com gente mais alta, medindo 1,62m nem é difícil achar gente mais alta que eu. mas estar perto de mulheres delicadas e altas me faz sentir o aríete do he-man (ou insira aqui o atarracado de sua preferência)!

não pensem que eu estou lamentando; se eu quisesse tanto ser inha, teria me policiado e tentado me tornar isto. ao contrário, por ter sido (e ainda ser) tímida, eu acho que inconscientemente luto contra com a arma que tenho: a expressividade. e, pensando bem, audrey hepburn é linda, elegante, classuda, mas você se imagina passando uma noite super divertida com ela, bebendo, falando besteira, dançando, surtando, lembrando de micos que pagou, cantando no bar? eu não.

p.s. dedico este texto a todas as minhas amigas que são, de alguma maneira, superlativas, e me entendem.

quinta-feira, 26 de março de 2009

justa medida

odeio a sensação de estar no meio do caminho, de não conseguir alcançar nenhum dos lados e ficar flutuando e pendendo ora para um lado, ora para o outro.

se eu fosse mais fútil, seria mais preocupada com minha aparência como um todo (porque claro que quem pinta cabelo, faz unha, usa maquiagem e gosta de roupas é preocupada com sua aparência), e emagreceria. nem que fosse fazendo dietas insanas e ficando psicada com número de calorias de cada coisa.

se eu fosse menos fútil, não ligaria a mínima para o assunto peso e não me incomodaria com quantos quilos eu peso, nem com que roupa eu pareço menos gorda. ia achar tudo isso uma grande idiotice e não gastaria meus ATPs com o tema.

sendo como sou, esse assunto é um tormento. tem horas que eu penso que nem imagino como é viver sem ter esse tipo de preocupação. se o peso - não importa se muito, pouco ou normal - não me afetasse em nada. quantas brigas eu não teria com minha mãe, quantas crises de auto-estima eu não teria comigo mesma, quantas chateações eu não passaria querendo uma roupa que não cabe em mim (ter acabado seu número é bem diferente de não existir seu número, sobretudo quando por trás está a mensagem velada de que se você estivesse dentro do padrão da "normalidade", não enfrentaria este problema).

sem contar, claro, a semi-esquizofrenia de me auto-acusar de fútil quando manifesto preocupação com o assunto, e de desleixada por não conseguir resolvê-lo. é um "eu ouço vozes" light, que mesmo assim é bem incômodo.

por que tem horas que parece que tudo o que você não é é melhor do que o que você de fato é?

segunda-feira, 23 de março de 2009

de repente 32

eu confesso, uma cena de filme com a qual eu DEFINITIVAMENTE me identifico é essa:



eu já contei aqui (neste post) como eu fui capaz de chegar numa festa onde conhecia as pessoas via internet há um tempo, mas ao vivo mesmo tinha tipo 1 hora (se bem que foi 1 hora que valeu por meses), e eu ORGANIZEI uma coreografia de thriller. eu MANDAVA e as pessoas OBEDECIAM (isso muito me choca, porque eu me acho zero assertiva no critério "mandar em pessoas"). foi um momento lindo naquela noite de 03/02/2007, num rio de janeiro quente como a miséria. tenho certeza que este momento dançante me fez selar várias amizades que serão eternas no meu S2 <3.

sendo que, oi?, eu nunca tinha visto de repente 30, então eu não sabia da existência desta cena (perceba que isso em nada melhora minha situação, pelo contrário).

então, que mané concurso. já pensei muito, e acho que a profissão dos meus sonhos seria "animadora dançante de festas". tocando as músicas certas, pode apostar que eu fico dançando e rodando em ritmo de festa até o dia raiar. faço precinhos camaradas, sou limpinha, perfumada (pelo menos no começo da festa) e meus piores micos são todos publicáveis. ah, ainda animo seu videokê! (aham, eu aqui, divagando e me despedindo da realidade. realidade, um beijo!)

e sábado eu finalmente descobri uma aula de dança moderna geriátrica para maiores de 20 anos (porque não dá pra ter dignidade dançando de collant quando se está gorda - alguém aí pensou no hipopótamo dançando ballet do filme fantasia? -, fora de forma e quando sua abertura máxima é perto de 90°, numa turma cheia de adolescentes louquíssimas com preparo físico de ginasta russa) e só estou tomando coragem atrás de maiores informações para entrar. porque sim, você pode não acreditar, mas eu sou tímida para certas coisas.

e meu próximo dilema é: como conseguir pintar meu cabelo da cor que ele está atualmente, que não é nem de longe a da qual ele foi pintado em 04/11?

sim, estou mulherzinha hoje. na verdade, agora, porque passei a tarde assistindo watchmen sozinha no cinema, com uma camiseta com a estampa de darth vader. can you spell G-A-R-O-T-O N-E-R-D?

p.s. eu juro que queria ver michael jackson em um dos seus shows de despedida. minha irmã disse que certamente vai ser uma mega sessão de egotrip (e o que é isso pra quem já fez capa de disco com estátua gigante de si mesmo? praticamente, como diria minha prima, um pum numa rave)), mas eu acho que vai ser bom. nem que seja pra eu surtar nos hits e me emocionar nível TPM nas cenas de gente morrendo de fome na somália que com certeza vão rolar no telão, além do momento free willy", e eu ainda aposto numa participação über brega de elizabeth taylor. olhem o repértorio divulgado:

"Billie Jean"
"Wanna Be Startin' Something"
"Rock With You"
"The Way You Make Me Feel"
"Don't Stop Till You Get Enough"
"I Just Can't Stop Loving You"
"Human Nature"
"Smooth Criminal"
"Girlfriend"
"Man in the Mirror"
"Beat It"
"One Day in Your Life"
"Heal the World"
"You Are Not Alone"
"Remember The Time"
"Thriller"

tipo, TÔ MORRENDO, juro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

sociologia meets bob fosse

mundo (cada vez mais) bizarro:

Obra de Karl Marx, O Capital vai virar musical na China

A obra O Capital, do filósofo alemão Karl Marx, vai virar musical na China. A narrativa tem como cenário uma empresa com operários insatisfeitos com suas condições de trabalho. Ao descobrirem que estão sendo explorados por seu chefe, eles resolvem agir.

A peça, que tem estreia prevista para o ano que vem, terá shows de dança no estilo Broadway e terá assinatura de He Nian, diretor de lutas de artes marciais. "O estilo da apresentação não é o que importa, mas sim que as teorias de Marx não sejam distorcidas", disse ele em entrevista ao Wen Hui Bao.

Para a adaptação ser o mais fiel possível à ideologia marxista, a produção do espetáculo contratou um professor de economia para revisar o roteiro. Ainda não houve nenhuma manifestação do Ministério de Propaganda, responsável pela censura cultural.

se eu fosse marxista, seria MEGA contra. tá loca, fia? tem total a vibe de ser o primavera para hitler* deste milênio. vejam o vídeo do filme de 1968 e me digam se não concordam comigo.



de brinde, ainda coloco a parte da escolha do hitler para a peça, que é provavelmente a melhor parte do filme (e olhem que o filme é todo bom):



além do mais, super me lembrou os tempos do colégio, porque nos trabalhos de grupo, independentemente da matéria ou do assunto, a gente sempre queria colocar música e dança (a gente = meninas). para vocês terem uma idéia, fizemos uma peça de literatura sobre mitologia grega contando 5 mitos: narciso, rei midas, o minotauro, prometeu e pandora e o rapto de perséfone por hades, e rolavam várias músicas do filme grease com coreografias. então, não seria impossível fazer um musical sobre o capital, se tivesse existido esse trabalho. não duvidem da capacidade e criatividade de adolescentes fãs de filmes como o já citado grease, flashdance, footloose & afins.


* está aí um filme que eu amo - a versão de 1968, porque aquela nova,
os produtores, é tão sem gracinha...

quinta-feira, 19 de março de 2009

coisas que você não pode dizer só de olhar para ela

50 anos depois, eis que finalmente estou de volta.

aí que a kinha, do dona baratinha, e a rachel, do c'est quoi ce bordel?, botaram o meu na roda e cá estou eu participando deste meme. é fácil, basta copiar as regras, dizer 6 coisas aleatórias sobre você e depois repassar para os coleguinhas.

as regras:

1. linkar a pessoa que te indicou: check!

2. escrever as regras do mesmo em seu blog: check!

3. contar seis coisas aleatórias sobre você (minha gente, vocês não tem medo do perigo, pra deixar uma pessoa verborrágica contar 6 coisas aleatórias sobre si? que coraaaaage!):

+ tenho muito medo de feder. sobretudo de ter mau hálito, porque isso é o tipo de coisa que você não percebe em si mesmo, mas todos ao seu redor sim, e eu bem sei o quanto é ruim (me lembro nitidamente das pessoas que conheço ou conheci que têm/tinham mau hálito crônico). chulé-cheetos-bola e cecê também não são nada agradáveis. aliás, eu nem entendo como algumas pessoas (sobretudo na europa) podem não ligar pra banho e conseguem viver com o eterno cheiro de sebo. como diria uma amiga minha, é sempre bom ser higiênico.

+ apesar de muita gente achar que é mentira, nunca usei drogas, de nenhuma espécie (tirando remédio pra emagrecer, anfetamina, devidamente prescrito pelo médico, e não recomendo para nenhum fim). mas adoro tomar uns gorós. e estou há mais de um ano sem fumar!

+ algumas coisas que eu queria muito saber fazer: tocar bateria (na verdade, tocar qualquer instrumento), jogar sinuca, andar de skate e dançar break, no chão, rodando loucamente.

+ meu bisavô foi excomungado até a minha geração (não sei se é 3ª ou 4ª porque esqueci como é que se conta isso de geração). segundo minha avó, filha dele, é porque ele se recusou a defender (ele era advogado criminalista) um cardeal que foi acusado de estuprar uma freira, e preferiu defender a freira. claro que isso foi de alguma forma revertido, porque minha avó era mega católica e inclusive amiga de padres, ma eu adoro ter essa carta na manga e contar às pessoas no momento certo. causa um frisson sensacional. BÔNUS: meu celular tem final 666.

+ de uma maneira quase que intuitiva, aprendi a cozinhar quando fui morar em são paulo, e hoje é uma coisa que eu adoro fazer, se estiver com paciência. não sou nenhum mestre cuca como algumas amigas minhas, que sabem fazer de tudo e mais um pouco, mas me viro muito bem com massas e risotos, e invento uns petiscos que funcionam. raramente cozinho alguma coisa doce (exceção: cookies de chocolate e bolo de cenoura, e já soube fazer bolinho de chuva). e acho que alho é sempre bem vindo nas receitas. ADORO alho, tudo (salgado) fica bom com alho. inclusive, sou da categoria de pessoas fanáticas por pão de alho, do tipo que compra no supermercado e pede no bar. e foda-se o bafo! pois é, sendo que eu tenho medo de ter mau hálito... vão entender.

+ sofro muito de vergonha alheia, seriamente. sabe quando você está vendo um programa tipo namoro na tv e aparece aquele cara que vai se declarar para sua paixão secreta, que, quando vê quem é o tal admirador, fica morrendo, e todo aquele momento constrangedor sendo transmitido para todos os lares brasileiros? eu não aguento assistir, fico tão agoniada que desligo a tv. e vale para qualquer situação de muita vergonha alheia em público. tem coisas que eu nem entendo como é que o povo assiste, embora, se alguém me contar, eu seja capaz de achar graça. ams ver o sujeito ali, naquela situação... é foda.

+ de brinde, mais uma: eu amo minha irmã (a.k.a. momento beesha do meme).

4. indicar a galera que foi eleita para continuar esta missão e colocar os links no final do post: vamos lá.

carol
jorge
dudu
luis
pati
quéroul

(pher, eu liberei você porque vi que já rolou um meme meio parecido no seu blog)

5. Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela: OK!

segunda-feira, 2 de março de 2009

o diabo de calcinha de piriguete

Susana Vieira quer ser a Hebe da Globo

Empolgada porque virou repórter por um dia do "Vídeo Show", ao gravar os bastidores da Grande Rio, Susana Vieira disse que quer virar apresentadora. O tempo todo se elogiando, dizendo que leva jeito para o negócio, ela afirmou, durante intervalo de gravação, que ainda vai ser a Hebe da Globo. De shortinho, rebolando até o chão, era só alegria.

isso é o tipo de coisa que eu leio e me dá vontade de sair correndo, gritando e tirando a roupa. saindo um especial de medo com molho, orégano, queijo, manjericão e tudo o que tiver direito em cima, mc fritas e refrigerante grande acompanham!

sério, qual o tamanho do ego dessa mulher? suzana vieira e fábio jr.: sem limites pra sonhar"!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

eu e os memes, os memes e eu

ah, kinha/emil/pher/rachel, estou sabendo que estou atrasada nos deveres de casa memes pra responder, e podem deixar que vem aí uma série de posts me, myself & i.

heh...

(o post vai começar com assunto mulherzinha, mas eu juro que é só pra introduzir e explicar a linha de raciocínio)

aí que eu, depois de mais de um mês só pintando as unhas de vermelhos, laranjas e cores cheguei pra caralho alegres e com cara de verão, por conta do carnaval e dos obrigatórios momentos labutando na cozinha que certamente ocorrerão, pintei as unhas de esmalte claro e estou me achando a própria mãos de noiva virgem. aí esta referência me fez lembrar uma piada totalmente idiota e sem graça, que é quando você pergunta a alguém "sabe como é que virgem dorme?", a pessoa responde "não" e você diz "ahá, já esqueceu, hein?".

eu nunca achei graça nisso. reconheço que não sou a pessoa com o senso de humor mais trivial do mundo (embora adore filmes comédia besteirol dos anos 80), mas não consigo entender como as pessoas quase morrem de rir com coisas como a cena do esperma/gel de cabelo de quem vai ficar com mary? (sendo que tem outras no filme que são bem engraçadas). mas vá lá. o que eu não entendo MESMO são certas piadas que não tem graça NENHUMA e que as pessoas não deixam morrer. só pra dar dois exemplos, que são os que me ocorrem, leite de minhápica e pavê ou pacumê, sendo que graças à existência desta última eu evito usar a palavra pavê. ou nem faço, ou chamo de "sobremesa", "creme de sei-lá-o-quê", "torta mousse", "doce", tudo pra não dar motivo (/tim maia). porque o mundo tá muito cheio de gente que se acha engraçada e original eu eu ando muito cansada disso.

ah, outra que é uhu, super engraçada (/ironia) é "você faz direito, é?", "é, eu faço direitinho". gente, não!

(sim, estou meio azeda. você também estaria se tivesse sido obrigada a ficar ouvindo homens ouvindo psirico e fantasmão e dançando kuduru na sua piscina. e ainda querem saber por que eu estou correndo léguas para as montanhas do carnaval)

concluindo o post anterior...

dá pra perceber que vergonha na cara é algo que me falta quando eu largo isso aqui abandonado por tantos dias. isso se chama preguiça de escrever, porque nem é falta de ideias, isso é que é o pior. nessas horas é que eu sonho com a invenção de um processador de texto ligado diretamente ao meu cérebro, que ia salvar várias coisas que eu redijo mentalmente ao longo do dia (sim, eu realmente crio textos na minha cabeça). depois era só editar, colocar mais umas coisinhas e pronto! post instantâneo!

mas não, a vida não é assim.

pois bem, apenas completando o post anterior, não fui para a festa de yemanjá. muita muvuca, que só piorou - óbvio, ninguém acha que com as pessoas mandando álcool pra dentro + um trio do psirico, ia ficar mais fácil, né? e eu queria dizer que a história do homem bem roludo não era EXATAMENTE assim (era melhor ainda). minha mãe estava lembrando que a carta era algo do tipo "os 3 desejos ao gênio da lâmpada", que eram tipo um apartamento, sei lá mais o quê E um homem bem roludo. porque, né? não basta ter uma rola grande à disposição e estar morando na casinha de sapé (ótimo, depois desta frase, eu nunca mais vou poder achar ruim quando disserem que quem gosta de pau homem é viado, mulher gosta é de dinheiro luxo).

o melhor de tudo é que essa amiga de minha mãe veio jantar aqui outro dia, a gente riu tanto, e foram tantas coisas que nem dá pra contar tudo. mas a melhor, pra mim, foi quando ela disse que estavam chamando ela de politicamente incorreta porque ela estava dizendo que queria casar com um anão, porque, se homem é um mal, dos males, o menor. e quem quiser que adote este lema, mas pagando os direitos autorais.

P.S. só pra vocês verem como o tema peniano andou aparecendo nesse fim de janeiro/início de fevereiro na vida dos meus amiguinhos, leiam esse post e esse também.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

yemanjá, odoyá, odoyá, rainha do mar...

hoje é 2 de fevereiro, dia de yemanjá, com quem eu sonhei na semana passada (o que seria um sinal de que ela é meu santo no candomblé), e eu JURO que queria ir deixar umas flores ou um presente pra ela. mas...

(pausa dramática)

estou sendo impedida por causa de um trio elétrico no rio vermelho, onde vai tocar psirico, e as pessoas vão ensadescer (ainda mais), enquanto enchem a cara. multidão bêbada ao som de música de gosto duvidoso, oi? gente, eu vi na tv, tá o crowd.com.br. além da fila estar imensa, e de eu não saber exatamente que horas sai o presente. e o calor?

tá, eu sou covarde, assumo, mas tenho medo desta coisa carnavalesca que deixa o mundo sem noção (o mundo desocupado, já que hoje é segunda-feira). e enquanto fico aqui pensando em como resolver o meu problema, conto a vocês uma historinha singela sobre o 2 de fevereiro:

minha mãe tem uma amiga que é baiana, mas mora no rio há 200 anos. aí que um ano ela estava aqui no dia 02/02 e resolveu que ia matar as ausades da festa de yemanjá, saindo num dos barcos que saem para levar o presente pra mais longe, depois da arrebentação (e, assim, diminuir as chances de que ele seja devolvido). aí ela está lá sentada no meio daquele monte de flor, alfazema e sabonete e começa a ler os bilhetes que acompanhavam os presentes. e era um monte de gente pedindo coisas, ou agradecendo, namorado, saúde, apartamento, etc. aí que ela achou um bilhete bááásico que dizia apenas: "minha mãe, eu quero um homem bem roludo". e disse ela que ficou com uma vontade incontrolável de pegar uma caneta e acrescentar embaixo "minha mãe, eu também quero!".

não, eu não vou pedir um homem bem roludo, podem ficar calmos.

ah, hoje também é dia da marmota, coisa que a gente só conhece graças ao filme "feitiço do tempo".

p,s. eu sei que se tivesse ido de manhã, tudo teria sido lindo, mas acontece que eu agora tenho as manhãs ocupadas com aulas, então nem dava.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

apresentando: o obamizer

confesso que assisti, sim, a um pedaço da posse de obama. foda-se que não sou americana, acho muito digna essa coisa de eleger presidente negro. além do mais, bush saindo da casa branca me deixa feliz.

sim, está rolando uma obamamania. sem falar em pessoas como a secretária daqui de casa que disse que queria "fazer um sonho maluco com obama". sonho maluco era um quadro do programa viva a noite em que as pessoas mandavam cartas pedindo pra que alguma coisa exdrúxula, em geral com um artista, fosse realizada pela produção. mas eu acho que ela estava pensando em outro tipo de coisa...

anyway, você já pode "obamizar" quem você quiser, no estilo do cartaz da campanha, sabe? por exemplo, ó eu:


basta vir neste site e seguir as instruções (entrego logo que é nível escolinha, de tão fácil). divirtam-se!

always look on the bright side of life

eu preciso aprender a não ser pessimista. não porque isso seja negativo, contamine o ambiente, deixe o cabelo ruim e tal, mas porque não tenho reais motivos para tanto (a não ser uma condição de saúde que me faz ser assim, mas isso é assunto pra um outro post).

porque sim, tudo bem que minha vida amorosa é inexistente, mas isso não quer dizer que ela não poderia ser existente se eu me mexesse ou mudasse certos paradigmas.

não tenho emprego? na verdade, tenho a sorte de no momento poder só estudar pra concurso. quantas pessoas por aí gostariam de ter esta condição? ou seja, se eu sentar o traseiro gordo na cadeira e fizer a minha parte, a coisa com certeza vem.

meu cabelo pode não ser perfeito, mas com certeza não me deixa deprimida, basta um pouco de paciência e de cuidado e ele fica legal (ou pelo menos não me faz passar vergonha). minha pele é boa, não sou alta mas também não sou um gabiru, não sou sem bunda, e basicamente o único problema estético, que é o peso, pode ser resolvido apenas com minha força de vontade (ao contrário de gente que pra ser gatinha, só nascendo de novo).

não tenho problemas familiares daqueles que fazem a pessoa querer morrer de vez em quando (tipo irmão viciado em drogas, ou com tendências suicidas, ou tomando dinheiro emprestado de agiotas, etc). pelo contrário, tenho uma família estruturada e que se apóia (apoia?) mutuamente.

coisas chatas não vivem me acontecendo, e, de uma forma geral, eu tenho alguma sorte. por exemplo, a menina que bateu no meu carro era a melhor pessoa do mundo para bater num carro alheio. antes que eu voltasse de arembepe no reveillon, ela já tinha mandado e-mail dizendo pra eu fazer o orçamento e mandar pra ela. fiz, mandei, dando a opção de ir ver em outro lugar,. e ela respondeu que quem tinha que escolher o lugar era eu! na quinta-feira 09/01 o dinheiro estava na minha conta (sendo que ela mora em aracaju, então a chance de ter dado errado era razoável)!

não vou ficar aqui enumerando as "bênçãos" porque, além de ficar chato pra caralho, ainda corro o risco de que algum espírito de porco fique de olho gordo pra cima de mim (chuta que é macumba!). por outro lado, este post não deve ser lido como provocação, "pollyanice" ou egotrip. é que eu tenho pensado muito sobre isso, e resolvi registrar sobretudo para servir de lembrete para mim mesma. porque, como eu disse a um amigo hoje, é muito fácil entrar numa de hiena hardy e ficar se lamentando sobre como o mundo é péssimo e a vida, cruel. não é. e nem precisa pensar que tem gente morrendo na áfrica, ou sendo obrigado a ouvir kenny g porque seu emprego é de ascensorista. não é que as nossas coisas são boas em comparação, é que elas são boas, ponto.

de forma que eu quero, sim, ser mais positiva, mais solar, menos apática, mais crente, menos distímica. menos eu, num certo aspecto, pra ser mais eu em tantos outros. tudo isso sem precisar ler "o segredo" nem me transformar numa destas Pessoas Irritantemente Cheias De Vida O Tempo Todo (ninguém merece isso).

será que agora vai?

"todo mundo cantando comigo! agora só as virgens, só as virgens! brincadeira, sem preconceito..."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

as mais pedidas de janeiro de 2009

janeiro de 2009 já tem suas 2 músicas preferidas, pelo menos por aqui.

uma delas é velha conhecida minha: i don't want to get over you, do magnetic fields. foi a 1ª música deles que eu ouvi, num disco que um amigo meu gravou pra mim. eu achei linda e fui atrás de outras - na época tive a raça de baixar alguns álbuns da banda com conexão discada e tudo.

outros tempos, outro HD (o da época repousa em paz), mesma música, parei para prestar a devida atenção na letra e surtei. coloquei a música no repeat e desde então, ouço sem parar.

ela faz parte de um álbum triplo da banda/projeto de stephen merritt chamado 69 love songs, em 3 volumes. sim, são 69 músicas falando sobre amor em todas as suas formas, com lirismo, sentimento e, em alguns casos, humor. eu recomendo (embora ache que não é algo de que todos vão gostar).

a música não tem clipe, mas eu achei uma animação no youtube que é muito fofa. acho que a banda gostaria que este fosse o clipe oficial:



a outra música que está nas paradas de sucesso do meu quarto e do meu carro é dance with me, do nouvelle vague, esta descoberta mais recente. nouvelle vague é um projeto francês que faz covers de músicas num clima bossa nova-lounge-easy listening. é bem fofinho e com certeza altamente gostável. recomendo os 2 álbuns da banda (ambos de covers de músicas em inglês).

eu já ouvia o primeiro disco há um tempo, e ano passado descobri que tinha saído um segundo, no mesmo esquema. essa música é deste 2º álgum, bande a part, que é também o nome de um filme de godard. e, como não tinha clipe oficial, alguém (que eu não sei quem foi) teve a idéia de pegar uma cena do filme, em que os personagens dançam, e usar, desacelerando a imagem para deixar o ritmo da coreografia igual ao da música. aprovado, ficou bem legal:



alguém já tem as preferidas de 2009 até o momento para indicar?

p.s. pati, a do magnetic fields é dedicada a você, que entrou junto na compulsão.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

quando o bizarro dita moda

eu fico impressionada com o fato de tragédias e bizarrices conseguirem virar modinha. quando apareceu o caso de suzane von richthofen, começaram a sair quase que diariamente nos jornais notícias de gente que matou os pais, os avós, os tios, etc. vai dizer que isso não acontece nunca, por motivos diversos (pessoa que era abusada sexualmente, viciado que queria comprar drogas, psicopata, etc)?

depois do caso nardoni, pipocaram histórias de gente que jogou o bebê pela janela, se jogou com o bebê, se jogou sem o bebê, enfim, todas as modalidades. sendo que, oi?, uma das formas de se cometer homicídio/infanticídio/suicídio, infelizmente, é defenestrando a pessoa/a si próprio. não acho que deve ter havido um aumento dos casos do tipo, mas a onda passou a ser procurar casos de "assassinato + janela" pra colocar nas manchetes.

aí tivemos o momento eloá, e parece que nunca antes na história deste país tinha havido este tipo de coisa, e só a partir daí é que as mentes doentias começaram a trabalhar. mais uma vez: oi?

pois bem. tudo isso é pra dizer que a moda agora é namorar pelado gente morrendo em cruzeiro. aparentemente, o brasil virou o cenário de um filme do tipo "terror a bordo", porque desde que aquela menina morreu no cruzeiro universitário, sempre tem alguma notinha sobre alguém que morreu ou se intoxicou num cruzeiro.

tenho medo do que virá por aí.

irritando juliana young - na sala de aula

aí que o curso que eu estou fazendo (preparatório para o concurso da AGU, cuja prova será dia 01/02) acaba sábado, e eu preciso começar outro.

de preferência, que dure o ano todo e tenha muitas aulas das matérias que eu não sei (ou seja, praticamente todas, já que outro dia eu cheguei à conclusão de que só aprendi direito civil, direito penal e processo civil na faculdade, e como depois disso o código civil mudou inteiro... you got the point).

de preferência, que não me deixe pobre, porque, jesus, os cursos estão metendo a faca. sim, curso preparatório para concurso pode sair pelo preço de uma pós-graduação (e mesmo que eles digam que dão certificado de pós, acreditem, não é a mesma coisa se você vai procurar emprego - se bem que para o fim de servir como título em concurso, é possível que sirva).

e, embora eu adore ter contato com professores de carne e osso (não, não no sentido bíblico, controlem suas mentes pervertidas), já que assim dá para debater os temas, fazer perguntas, pedir indicação de livros e tal, tendo em vista a criatura que é minha colega no curso atual, de preferência que seja telepresencial, naquele esquema "aula no telão, todo mundo calado fazendo silêncio total".

não, eu não era a favor desta modalidade, mas me rendi. devo começar a ter aulas nesse esquema semana que vem, após uma pesquisa que me consumiu dias, fosfatos, me encheu de dúvidas, me fez falar com deus e o mundo e, por fim, concluir que sou mesmo filha de meu pai, que é uma pessoa capaz de fazer uma pesquisa extensa para comprar um TELEFONE SEM FIO. bom, um curso de duração anual não é exatamente um telefone sem fio, mas vamos aprender, juliana, que nada na vida é definitivo, tirando a morte (até tatuagem você consegue remover), e que se você começar esse e não gostar, sempre pode ir para o outro ou para o que faz hoje (não trabalhamos com propaganda gratuita).

as vantagens? você vai ter basicamente o mesmo curso que todo mundo aí brasilzão afora, e, como eu disse antes, você vai escapar da terrível praga do colega "eu-sei-tudo-quero-debater-na-aula".

é assim: você pega um curso onde a maioria dos alunos é de gente recém-formada e coloca alguns balzaquianos e uma pessoa de seus 40 anos. esta pessoa provavelmente se sentira insegura porque não está mais no frescor da juventude (sei bem o que é isso) e porque fez faculdade há tempos atrás, e sabe como é no brasil: quando você aprende uma coisa, eles mudam a lei (vide eu e o código civl antigo e a lei de falências anterior). aí, não sei se para mostrar que está firme na competição por um cargo público, ou que não parou no tempo, ou que é inteligente, ou não sei o quê (não sei entrar na mente dos psicopatas, por mais que eu tente), a pessoa não faz perguntas: ela DEBATE com os professores.

sério, gente. as perguntas são todas do tipo "e o que você acha da lei tal?" ou "você acha esse ponto de vista certo?", que nada mais são do que uma forma de introduzir um discurso expondo o que ELA pensa e sabe sobre o assunto. diga-se de passagem, de uma forma indelicada, falando por cima do professor. e total numa vibe "tô no mestrado", que obviamente não é o escopo de um curso do tipo reta final pra um concurso específico.

sim, eu sei, maldita profissão em que os colegas são todos articulados e acham que tem que dar seu parecer sobre tudo, mas algumas pessoas conseguem ultrapassar o nível médio de chatice dos profissionais da área jurídica e chegar a níveis estratosféricos.

isso anda me irritando tanto que ontem eu SONHEI que estava numa sala de aula e que quando ela começava a falar de alguma coisa, as pessoas começavam a fazer aquele ruído universal do "ai que saco" (de boca fechada, como se estivesse sorrindo, puxe o ar para dentro ao mesmo tempo em que separa os lábios, empurrando o inferior para baixo - espero que vocês entendam, porque é uma coisa inonomatopeica) e começou o quebra pau do ano, com o professor dando piti, um aluno que achou ruim o piti e começou a imitar um burro para o professor e foi um deus nos acuda. o próximo passo é sonhar que estou batendo nela.

por conta disso, vamos fazer uma lista das coisas mais irritantes numa sala de aula? quem quiser, complete nos comentários.

- o colega sabe-tudo (e fala-tudo), já mencionado e desenvolvido acima.

- gente que conversa ou fica falando no telefone como se estivesse na sala de sua casa (isso vale também para o cinema).

- pessoas neuróticas que ficam querendo saber quanto você está estudando, por que livros, quantas horas por dia, e que ainda acham que você está escondendo o jogo quando diz que não sabe direito do trabalho (não pra prestar concurso da magistratura), já que "você estava participando horrores da aula". tipo, corrão (sic) para as montanhas.

- professores que passam a aula toda ajeitando os documentos (aka genitália). eu comentei isso com um colega meu e ele quis justificar dizendo que "ah, você não sabe, de repente coça". ó, vou dizer que no calor, o das mulheres também pode coçar, a calcinha pode entrar na bunda, o absorvente incomodar, os pêlos estarem crescendo ou encravados, a pessoa estar com chato, mas vocês não veem as mulheres por aí se ajeitando de 2 em 2 minutos na frente de todo mundo, certo? e só piora se você está em cima de um tablado dando aula, com todas as atenções voltadas para você.

- gente que é ótima pra tomar suas anotações emprestadas, mas que não empresta as próprias (graças a deus não tive esta experiência recentemente).

- o colega que faz perguntas completamente idiotas. se você está no nível MOBRAL, não tenho culpa, mas ficar querendo explicações nível graduação quando não se está nela é foda.

- aquelas pessoas que parecem que têm que repetir o que o professor disse, para si mesmas, para conseguirem internalizar. deve ser alguma técnica de fixação, mas é muito chato sentar perto de uma dessas pessoas e ficar ouvindo a aula "com écquio" (/seucreisson). se você é assim, grave a aula e use sua técnica quando estiver no seu quarto.

- professores que usam a frase "vocês estão conseguindo acompanhar?" como vírgula, sendo que estão falando do assunto no nível children 1. eu fico achando que o cara é condescente com os "pobres aluninhos" que não sabem nada, e me revolto mesmo.

- professores que querem que TODOS os alunos fiquem em TODAS as aulas com cara de "comercial de margarina", e não com cara de cansados/entediados/sonolentos/odiando ter aula domingo.

fica parecendo que eu odeio as aulas e os coleguinhas com todas as minhas forças, mas não é assim. essas coisas chatas costumam ser exceção, os professores em geral conseguem motivar os alunos sem achar que eles têm que achar que é o programa do século assistir aulas, e os colegas acabam sendo gente boa. ainda bem, né?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

faça feio: escrevendo de forma esteticamente não aprazível

eu juro que estou tentando me adaptar à reforma ortográfica, mas é foda. gente. benvindo ao invés de bem vindo é muito feio. e o mais surreal: auto-sabotagem virou autossabotagem, mas fizeram microondas virar micro-ondas!

tipo, cadê o critério?

mas o que me mata mesmo é terem tirado o trema. ontem mesmo eu me peguei escrevendo alguma palavra e colocando os dois pontinhos em cima do u. eu me apego, sabem como é, usando ele desde que aprendi a escrever, são anos e anos de convivência. mas sério, tem que ter, senão como é que a gente vai saber como se pronunciam as palavras? tipo, enguiça e linguiça vão acabar virando a mesma coisa. e tranquilo, que me dá uma sensação de estar falando portunhol, tran-kilo (lembrando de patrícia melo e de seu romance de estreia, acqua toffana), como aqueles supostos peruanos que ficam tocando flauta e pedindo uma contribuição para voltarem para seu país?

em resumo: não trabalhamos com reforma ortográfica (e eu preciso contar a história do "não trabalhamos com batata" num futuro próximo).

outra coisa: não que eu seja a favor de mulheres nuas na tv, mas a globeleza deste ano está VESTIDA. não é biquini, é quase uma burka! acho estranho, não tem jeito.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

e-mail

agora, além dos comentários, eu tenho um e-mail pra quem quiser falar comigo em private (e não, não faço pograma):

julietotaleclipse@gmail.com

podem mandar sugestões de post, reclamações e, claro, aceitamos doações em dinheiro, metais preciosos, vale livros, passagens aéreas, produtos de beleza, absolut vanilia...

eu peço: fortuna

como diz minha amiga carol, deus não entende o que a gente pede (aliás, leiam o post dela sobre o reveillon, que, além de se divertirem, vocês vão entender a teoria). por isso, eu passei o reveillon de calcinha amarela, reciclada de anos anteriores, com FORTUNA escrito na bunda. porque DINHEIRO é qualquer quantia, inclusive 2 r$, então vamos ser bem específicos, né?

e, deus, pro favor, se a fortuna vier através de herança, só se for de um parente riquíssimo-porém-desconhecido da austrália que deixou tudo para mim. grata.

e amanhã é a lavagem do bonfim. queria ir lá tomar banho de cheiro, banho de pipoca e banho de cerveja, mas cadê coragem? sendo que, oi? minha mãe vai? com uma amiga de 76 anos que é a mais animada sempre? eu queria entender como esse povo consegue. acho que é porque comjeram galinha sem hormônios durante a maior parte da vida, então ficam assim, serelepes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

lendas do subúrbio - o retorno

antes que alguém me acuse de ficar fazendo propaganda de blogs alheios para não escrever no meu (ô, eu estou tão assídua em 2009...), aviso que o blog de que vou falar aqui já é velho, nem é mais atualizado, mas mora no meu coração para sempre.

só que o infeliz não estava mais no ar, não tinha mais como ler os textos, eu fiquei me sentindo orfã e aí, por acaso (na verdade, este "por acaso" é "a esperança é a última que morre": entrei no blog de um amigo e vi o link lá, e cliquei, assim, descompromissadamente, pra ver se rolava e TCHAN! uma juliana mais feliz), descobri que os textos estavam lá de volta.

tipos, pulando, piscando, dançando e rodando em ritmo de festa! (fany, te dedico!)

então, se você já conhecia mas estava sofrendo com o fim, seus problemas acabaram! e, se você não conhecia, tá esperando o quê?

www.suburbiatales.com.br

resumindo o espírito do blog, uma galera da zona norte do rio fala sobre o modo de vida caléga de uma forma muito engraçada. não precisa ser carioca para se divertir e até se identificar. porque no fundo, todo mundo, por mais nobre que seja, tem um lado suburbano (eu mesma me entrego totalmente por causa das músicas que ouço, algumas eu nem tenho coragem de ouvir na frente dos outros). então, vamos lá!

UPDATE: duda me disse nos comentários que o link não estava rolando pra ela. gostaria de saber, de quem clicar, se teve ou não problemas. mesmo que você nunca tenha comentado, mesmo que esteja aqui só de passagem, se quiser ajudar nesse mini serviço de utilidade pública... tks!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

a-ha, u-hu, 2009 é nosso! - parte 2: a missão.

continuando. e, a partir de agora, os horários ficam aproximados porque, oi, gente? festa, álcool, não dá pra ficar keeping track.

00:01h até 00:15h - pessoas continuam se abraçando, queima de fogos, gente bebendo, boring.

00:16h até 00:59h - pista de dança again, fotos com óculos estranhos, pedidos de sidney magal ao dj.

a partir de 01:00h - as pessoas começam a se movimentar para irem à praia jogar flores pra yemanjá. eu não tenho flores. alguém me dá uma rosa branca. as pessoas saem todas de casa, andando numa espécie de procissão, só que com gente alcoolizada. descubro que para chegar à praia, vamos cruzar 2 pontes de madeira - pontes sem corrimão, no estilo "a ponte do rio que cai" das olimpíadas do faustão, e no escuro! paula vai na frente e eu me apoiando nela, consigo atravessar as pontes sem cair dentro do rio. aí ela diz "então, cuidado, o mar daqui é bravio", e eu olho e vejo UMA FALÉSIA de areia, com a maior cara de que vai desabar a qualquer momento. i said "no, no no!" e fiquei no escuro esperando as pessoas jogarem suas oferendas/cantarem seus mantras/se agarrarem no escuro. eis que aparece O GARÇOM da festa, o dos copos estroboscópicos piscantes, em plena atividade, de uniforme, com 2 garrafas de champagne, uma em cada mão, e diz "senhorita, aceita um champagne?". eu contenho meu espanto, digo "hum, não tenho copo", e ele diz "eu tenho aqui", e tira um monte de copos do bolso. e eu fico no escuro, bebendo champagne e achando digna de um filme aquela cena de gente meio bêbada e feliz na praia, com um garçom servindo todo mundo.

a volta para casa foi até que tranquila, novamente não caí no rio, tudo lindo.

minha irmã foi vista com vida pela última vez lá por este momento. não por mim, que estava sozinha bebendo champagne e pensando que esse ano eu não escapo, tenho que ir ao rio vermelho dia 2 de fevereiro levar uma oferenda decente pra yemanjá, incluindo a do ano passado (mas ali eu não levei porque tinha levado 6 pontos no joelho).

a partir daí, não tenho muita noção de que horas eram em cada momento, mas sei que eu continuei dançando e, graças ao meu cd com músicas festivas, eu sabia exatamente ue pedidos musicais podia fazer. então, a gente sambou, cantou, dançou, pulou, tocaram coisas absurdas, lá pelas 6h da manhã minha sandália arrebentou (R.I.P.), e eu continuei dançando, e já tinha ficado amiga de infância de pessoas de quem eu até agora não sei o nome. aí, começou a ficar aquela vibe "maratona de dança pra ver quem resiste mais tempo" e, quando eu dei por mim, estava puxando a coreografia de billie jean sendo seguida por andré e joelho (que profeticamwente havia anunciado que a madeira ia piar, ninguém acreditou e vejam só). segundo minha irmã, que renasceu no terceiro dia, eu gritava coisas como "agora todo mundo pega no saco!". sol alto, piscininha ali, fui botar o maiô, pulei na água, dormi 20 minutos numa bóia e fiquei com um "bronzeado" vermelho ridículo (quem é que vai virar o ano e lembrar de passar protetor solar?).

moral da história: fui dormir 12:30h, tendo passado do turno da festa pro turno do churrascão matutino, tomando cerveja e tal.

e em homenagem a esse reveillon, eu dedico a mim mesma (sim, qual o problema?) a seguinte música:

ela desatinou
(chico buarque)

ela desatinou
viu chegar quarta-feira

acabar brincadeira
bandeiras se desmanchando

e ela inda está sambando

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando


ela não vê que toda gente
já está sofrendo normalmente

toda a cidade anda esquecida
da falsa vida da avenida
onde

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando

quem não inveja a infeliz
feliz
no seu mundo de cetim
assim
debochando
da dor, do pecado

do tempo perdido
do jogo acabado