Páginas

domingo, 10 de maio de 2009

your mother should know


mãe é tão importante que, como diz denise stoklos, você vai pra terapia e a conversa é mais ou menos assim:

"porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque meu pai, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha tiiiiiia, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha avó, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque meu primo, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha mãe, porque minha irmã, porque minha mãe, porque minha mãe...".

a minha passou boa parte da vida dizendo que uma coisa que ela nunca ia fazer era pagar análise pra filho, porque onde já se viu pagar pra alguém ficar falando mal de você? pois é, ela pagou análise pra mim. e eu, claro, falei mal dela. e se tem alguém aí me condenando, é porque ou não tem mãe, ou nunca fez análise.

(agora é o momento do post em que eu faço uma pequena redação minhas férias homenagem relatando tudo o que a mamãe me ensinou.) então, com ela eu aprendi:

- a não depender de marido pra nada, a me sustentar sozinha, a não sonhar com casamento e nem com ser mulher e dona-de-casa, ponto;

- que não adianta nada estar com as unhas da mão benfeitas se seu pé estiver uma coisa horrorosa, com garras e aquele calcanhar seco e rachado (ou seja, no desespero, se eu só puder fazer um dos dois, será SEMPRE o pé, salvo no rigor do inverno), porque as pessoas reparam muito nos pés (bom, as pessoas eu não sei, mas eu reparo bastante);

- a ter muito bons modos à mesa;

- que um banho ajuda a melhorar bastante os sintomas de 95% das doenças e mal-estares (ou seja, quando eu não estou me sentindo bem, se eu puder, irei direto pro chuveiro);

- que a gente pode até achar que não, mas depois de uma noite de sono, a situação que parecia desesperadora na noite anterior está muito menos assustadora;

- a gostar de livros policiais;

- a dar aos outros aquilo que eu tenho e não me serve ou eu não uso mais (desde pequena, com os brinquedos, que a gente levava para um orfanato);

- a fazer minha famosa cara de desprezo e a sobrancelhinha levantada;

- de onde veio todo o meu cabelo;

- e a chamar gente burra de oligofrênico e oligóide (não na cara deles, é óbvio).

dentre outras coisas que não me ocorrem no momento. além do trivial, claro. obrigada, mãe!

tem também as coisas que ela me ensinou e eu não aprendi, mas nessa hora a banda entra cantando maria, maria, ei, mãe, não sou mais menino, we are family, qualquer coisa pra encerrar o assunto e evitar discussões.

então, galere, pra quem é mãe, pra quem tem mãe (mesmo que seja uma mãe emprestada), feliz dia das mães! e, por favor, não comprem presentes bregas, tipo corações com braços, nem mandem telemensagens ou telegramas animados para suas mães. vamos fazer do mundo um lugar melhor, por favor.



well... about almost everything.

7 comentários:

Leonard disse...

oi,

Sempre apoio Bahia :)

greetings***

Ana disse...

Putz, viramos nossas mães! (em alguns aspectos, HAHA)

Fany Camargo disse...

Um 'viva!' à mamãe CV !
VIVA!

Kinha disse...

É minha amiga, mão tem quase sempre razão, isso é fato.

Quéroul disse...

cara, me lembrei que ganhei coração com braço de um ex-namorado.
aff.


feliz fim do dia das mães pras mães.

Fany Camargo disse...

Eu ganhei (não este ano, óbvio) um coração com braços de minha mãe. Que nota?

Patsy disse...

hahahaha amei o texto. nossa mães são loucas e isso vai passando, nossas filhas que se preparem...

=*