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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

a-ha, u-hu, 2009 é nosso! - parte 2: a missão.

continuando. e, a partir de agora, os horários ficam aproximados porque, oi, gente? festa, álcool, não dá pra ficar keeping track.

00:01h até 00:15h - pessoas continuam se abraçando, queima de fogos, gente bebendo, boring.

00:16h até 00:59h - pista de dança again, fotos com óculos estranhos, pedidos de sidney magal ao dj.

a partir de 01:00h - as pessoas começam a se movimentar para irem à praia jogar flores pra yemanjá. eu não tenho flores. alguém me dá uma rosa branca. as pessoas saem todas de casa, andando numa espécie de procissão, só que com gente alcoolizada. descubro que para chegar à praia, vamos cruzar 2 pontes de madeira - pontes sem corrimão, no estilo "a ponte do rio que cai" das olimpíadas do faustão, e no escuro! paula vai na frente e eu me apoiando nela, consigo atravessar as pontes sem cair dentro do rio. aí ela diz "então, cuidado, o mar daqui é bravio", e eu olho e vejo UMA FALÉSIA de areia, com a maior cara de que vai desabar a qualquer momento. i said "no, no no!" e fiquei no escuro esperando as pessoas jogarem suas oferendas/cantarem seus mantras/se agarrarem no escuro. eis que aparece O GARÇOM da festa, o dos copos estroboscópicos piscantes, em plena atividade, de uniforme, com 2 garrafas de champagne, uma em cada mão, e diz "senhorita, aceita um champagne?". eu contenho meu espanto, digo "hum, não tenho copo", e ele diz "eu tenho aqui", e tira um monte de copos do bolso. e eu fico no escuro, bebendo champagne e achando digna de um filme aquela cena de gente meio bêbada e feliz na praia, com um garçom servindo todo mundo.

a volta para casa foi até que tranquila, novamente não caí no rio, tudo lindo.

minha irmã foi vista com vida pela última vez lá por este momento. não por mim, que estava sozinha bebendo champagne e pensando que esse ano eu não escapo, tenho que ir ao rio vermelho dia 2 de fevereiro levar uma oferenda decente pra yemanjá, incluindo a do ano passado (mas ali eu não levei porque tinha levado 6 pontos no joelho).

a partir daí, não tenho muita noção de que horas eram em cada momento, mas sei que eu continuei dançando e, graças ao meu cd com músicas festivas, eu sabia exatamente ue pedidos musicais podia fazer. então, a gente sambou, cantou, dançou, pulou, tocaram coisas absurdas, lá pelas 6h da manhã minha sandália arrebentou (R.I.P.), e eu continuei dançando, e já tinha ficado amiga de infância de pessoas de quem eu até agora não sei o nome. aí, começou a ficar aquela vibe "maratona de dança pra ver quem resiste mais tempo" e, quando eu dei por mim, estava puxando a coreografia de billie jean sendo seguida por andré e joelho (que profeticamwente havia anunciado que a madeira ia piar, ninguém acreditou e vejam só). segundo minha irmã, que renasceu no terceiro dia, eu gritava coisas como "agora todo mundo pega no saco!". sol alto, piscininha ali, fui botar o maiô, pulei na água, dormi 20 minutos numa bóia e fiquei com um "bronzeado" vermelho ridículo (quem é que vai virar o ano e lembrar de passar protetor solar?).

moral da história: fui dormir 12:30h, tendo passado do turno da festa pro turno do churrascão matutino, tomando cerveja e tal.

e em homenagem a esse reveillon, eu dedico a mim mesma (sim, qual o problema?) a seguinte música:

ela desatinou
(chico buarque)

ela desatinou
viu chegar quarta-feira

acabar brincadeira
bandeiras se desmanchando

e ela inda está sambando

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando


ela não vê que toda gente
já está sofrendo normalmente

toda a cidade anda esquecida
da falsa vida da avenida
onde

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando

quem não inveja a infeliz
feliz
no seu mundo de cetim
assim
debochando
da dor, do pecado

do tempo perdido
do jogo acabado

4 comentários:

Poli disse...

Maldito sobreaviso!!!!!!!!!!!! Mas talvez ele tenha mantido a minha dignidade por um pouco mais de tempo... Imagine eu, euzinha, tomando Champagne, ouvindo Magal no meio de copos estroboscópicos....

MMMMMMEEEEEEEEEEDDDDDDDAAAAAAA!!!!!

Anônimo disse...

Oi Ju,

adorei a sua narrativa de inicio de ano.
Fico imaginando voce com esse sotaque gostoso de baiana contando essas coisas... é uma delicia te ouvir.

feliz ano novo!! muito sucesso e felicidade
bjos do amigo paulista

Anônimo disse...

Falésia...HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Imagino a cena totalmente.

carolina disse...

cara, como eu queria ter presenciado a parte garçom-no-escuro-com-champagne... :~