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sexta-feira, 30 de maio de 2008

freud explica?

eu já adiantei num dos comentários que eu tive uma barbie ruiva, roqueira e new wave. e a "nossa" barbie comentarista percebeu que eu tinha virado ela.

sabem que eu já tinha, há tempos atrás, feito esta reflexão? e só tenho a agradecer a mamãe e papai, por motivos diferentes.

a mamãe porque sugeriu que eu pedisse a papai, que ia aos estados unidos - pausa digressiva: isso era em meados dos anos 80. e, apenas para lembrar aos amiguinhos jovens, tipo carol nega, só abrimos as portas do país para importados, salvo engano, em 92 (fernando collor tinha que ter feito algo de bom). antes disso, as pessoas eram capazes de se matar por batatas pringles (que não são batatas fritas de verdade, e sim salgadinhos de batata, passaram anos enganando a gente) ou qualquer coisa que viesse de fora. a ponto de, quando eu fui pra disney, eu trazer tênis, moleton, um saco de batata ruffles sabor onion & sour cream que era do tamanho de um saco de ração para são-bernardos e (ai, vergonha) modess. sim, absorventes, só porque eles vinham enrolados um a um e isso era MUITO prático para levar ao colégio "naqueles dias", já que ir ao banheiro de bolsa era passar atestado de menstruada, e os porta-absorventes eram coisas medonhas de tecidos estampados cafonas, ou pRástico acolchoado, e do tamanho de um talão de cheques. de forma que as pessoas traziam MODESS de fora só por causa da vantagem do embrulho individual, dá pra crer? saindo da pausa digressiva - para uma convenção de trabalho ou algo do gênero, uma barbie "diferente". segundo ela, lá não era como no brasil, onde havia apenas barbies louras (mentira, porque a minha primeira tinha um cabelo castanho com mechas loiro branco que devia ser considerado chiquérrimo, e hoje é apenas bizarro), e eu podia escolher outra diferente, como uma barbie branca de cabelo preto, por exemplo. e foi o que eu pedi, baseada num folheto onde vi uma linda barbie de longos cabelos pretos, lisos, pele branca e vestido azul claro (tá, era azul calcinha, eu assumo), de uma coleção cheia de laçarotes, e que, salvo engano, se chamava whitney.

a papai porque recebeu o pedido da barbie acima descrita e deus sabe como me trouxe uma barbie MORENA, de cabelo CACHEADO e RUIVO. e nada de vestido angelical azul calcinha. ela usava uma calça cigarrete de cetim rosa choque, uma frente única de lycra e renda amarelo limão, um casaco tipo um blazer camisão que era azul elétrico furta cor com debrun no mesmo tom rosa da calça, e vinha calçada com meinhas de renda amarelas combinando com a blusa e tamancos de salto finíssimo laranja neon. digamos que com aquela roupa ela era a garota propaganda da lumicolor.

ah, e o nome dela era DIVA. alguém quer comentar? se bem que ela virou bia em 2 segundos.

e ela era parte de uma banda, the rockers. então, tinha com microfone, vários discos e tal. era a cyndi lauper das barbies.

além dela, consigo lembrar de outros brinquedos ruivos aos quais eu fui mega apegada:

- o primeiro era um boneco que morava no meu quarto, imenso, quando eu tinha um ano. tenho a lembrança de ter passado boa parte da 1ª infância com a boca cheia de cabelos vermelhos que eram oriundos dele.

- a moranguinho, que eu sempre adorei, apesar de cabeçuda. tanto que eu tive uma da tradicional (aquela de touca, vestido, avental, etc) e outra "new generation", com o laçarote na cabeça. essa era dona da confeitaria (que era um morangão gigante), namorava com o atchim, dos 7 anões, e era parte da escola que foi tema de metade das brincadeiras de uma certa fase aqui em casa, que juntava as bonecas da coleção moranguinho, os 7 anões, os ursinhos carinhosos, os queridos pôneis, e eu e minha irmã como professoras. eram uns 40 bonecos. a gente tinha mania de fazer umas brincadeiras epopéicas que demoravam tanto pra arrumar todo mundo na posição que a gente terminava de deixar tudo como queria e simplesmente ia fazer outra coisa, porque não agüentava mais olhar pras bonecas. basta dizer que certa feita nós escrevemos as cartinhas que cada um desses personagens mandou para papai noel, cada uma pedindo um presente diferente e adequado. gente, o que são as férias na vida de duas crianças piás de prédio? ah, e detalhe, esses brinquedos MIGRAVAM para a casa de praia no veraneio. troféu bagos de ouro pra meu pai, hein?

- um dos queridos pôneis, que se chamava asinha rosa dos ventos (essa era a tatuagem anal deles - aliás, os ursinhos carinhosos e os pôneis todos curtiam essa vibe tatooo na bunda) e era branco com o cabelo vermelho, e eu achava ele o mais lindo de todos.

agora, é de se estranhar que desde 1996 eu pinte o cabelo de ruivo? ju-ro que já tentei voltar pra castanho algumas vezes, mas não consigo. não dura mais de um mês e eu começo a me achar apagada (embora viver sem pintar o cabelo seja muito mais prático). e eu tenho vários assuntos capilares pra dividir com os coleguinhas, mas isso vai ficar pra outro dia.

14 comentários:

Anônimo disse...

Vamos comentar? Eu brincava de carrinho, e gostava dos mais xumbreguentos possíveis, incluídos aqueles de celulose que tinha que preferenciamente tomar o suco de roxo antes de brincar.

Eventualmente brincava com uma vizinha de ser o papai de suas barbies e outras bonecas, mas ela, ao contrário de vocês, priorizava mesmo eram as bonecas de celebridades: tinha de Mara, Angélica (com direito a pinta), uma Xuxa gigante e mole que dava MOITO medo e, claro, a crássica e eterna Myriam Rios.

Eventualmente devo ter sido um pai desleixado e ausente e comido comidas feitas por elas num tal Kitty-Fritty (lembra disso? era pra fritar ovos fritos (!) e salsicha de prasco em água).
Bons tempos.

Anônimo disse...

Total compactuo com Barbies vindas dos States. Outro babado interessante é que as Barbies brasileiras TODAS tinham a MESMA cara, só mudava o cabelo e as roupas, e o máximo que um cabelo chegava de ser diferente do outro eram as cores. Até o dia que meus tios foram fazer um curso nos EUA e trouxeram Barbies para todas nós, uma de minhas primas ganhou uma Barbie desta banda que tinha o cabelo mega cacheado e uma roupa mega piriguete, a outra ganhou uma barbie NEGRA, tem noção? Ela parecia a Naomi Campbel das barbies, a outra ganhou uma Barbie família, que a barbie vinha com um gurizinho e um BEBÊ, e ela usava um batom vermelho rapariga. Mas o top dos tops foi um Ken que uma de minhas primas ganhou, que não só fazia parte do The Rockers como tinha CABELO!!! (e não aquela coisa pintada que o nosso Bob tinha)...nem preciso dizer que não demorou muito estavamos todas nós sonhando em ter um Ken daqueles em nossas vidas...ai ai

paula disse...

Como disse em outro comentário, minha primeira Barbie era morena e de cabelos negros e compridos, meio anelados. Não sei onde minha mãe conseguiu.

Tive uma Diva também. Mas em traje de gala. Ela era a Barbie mais bonita que eu tive. O rosto era lindo, a cor do batom, o vestido... Até a cor do vestido era linda. Era azul e não era calcinha, e tinha uma renda maravilhosa.

Mesmo quando tive o surto de loucura e dei TODOS os meus brinquedos aos 10 anos de idade, mantive a Diva.

Alguns meses depois fui pros EUA e a Diva ganhou companhia, trouxe a Skipper e o Kevin, irmãos adolescentes da Barbie e do Ken.

Mas nunca me recuperei da perda da coleção Moranguinho, a confeitaria e o balanço; os pôneis e seu estábulo; e os ursinhos e o carrinho em forma de nuven. Se arrependimento matasse, eu era uma criança morta!

Anônimo disse...

Nossa, eu tenho TANTOS comentários a fazer que logo-logo meus aBiguinhos blogueiros vão me mandar pra PUTAQUEOPARIU e criar um blog pra chamar de meu.

Enquanto isso não acontece, vamos lá? Um, dois...

Então. A primeira coisa parecida com Barbie que eu tive era uma Xuxinha. Cara, meus pais eram pobres (momento MARIA DEL BAIRRO SOY) e Barbie era um troço muito caro na época. Então eu ganhei a Xuxinha, que veio com uma roupa branca com bolinhas vermelhas. Era loosho. Na mesma época saiu aquela lenda urbana de que a tal boneca molenga da Xuxa, que a Barbie ali de cima citou, tinha matado uma criança. Os requintes de loucura na história, ficam por conta do sangue da criança NAS UNHAS DA BONECA!!!

Ok. A segunda boneca na vibe Barbie que tive foi a mamãe da Família Coração. Que deve ser essa coisa aí, com a miniatura do Cascatinha (HAHAHA, eu também tive esse boneco!) e batom vermelho rapariga. Também ganhei o papai com a bonequinha que era uma mini-Marylin Monroe, inclusive no tamanho da cachopa que chamavam de cabelo.

Só ganhei uma boneca com BARBIE escrito na caixinha de um tio meu que, A-HÁ, trouxe do Japão, para as filhas dele (que, por acaso, são minhas primas) e pra mim, única sobrinha agraciada com isso. Calma gente, ela não tinha olhinhos puxados. Mas era liiinda. A minha era uma princesa, com um vestido de corpete roxo e a saia furtacor/fruta-cor. Todo mundo MORRIA DE INVEJA dessa boneca minha, pq ela era MUITO MAIS BONITA que as Barbies convencionais.

E eu realmente não entendi porque escrevi tudo no passado, JÁ QUE EU TENHO TODAS ESSAS BONECAS até hoje e trocava as roupas delas REGULARMENTE até alguns anos atrás, prontofalay. Mas eu já passei elas pra minha filhinha que já ganhou sua primeira Barbie antes de completar 2 anos.

Quanto à cama, nem eu e nem ninguém que brincava comigo tinha uma dessas. Mas nós éramos crianças criativas e usávamos umas ALMOFADAS EM FORMA DE CORAÇÃO, DE CETIM ROSA PINK E ROSA BEBÊ que, claro, eram minhas, para fazermos o ninho de amor de Barbie e Ken. Porque, sim, meus bonecos trepavam feito coelhos. Inclusive eu quebrei a perna do Ken em uma acrobacia dessas, HAHAHA...

Tá, chega.

paula disse...

Mais umas coisinhas:

Ter um monte de móveis e tal era legal, mas o comentário de ana piii me fez lembrar que, não importa quantos móveis eu tivesse, o que eu mais gostava era de pegar toalhas de rosto e algumas sacolinhas tipo necessaire pra fazer as camas e os sofás. Minha mãe enlouquecia quando entrava no meu quarto e via as toalhas de rosto da casa, lavadinhas, cheirosas, espalhadas/arrumadas pelo chão.

Ah, me dei conta também que o meu Ken nunca teve que morar numa casa rosa. Meus bonecos nunca casavam. Sempre tinham relacionamentos, mas moravam em casas separadas (cada um no seu quadrado). Só houve um casamento na história das minhas Barbies. Eu ganhei um Ken que vinha com um filho. O filho era uma criança de colo (com cabelo "de verdade"), com uma roupinha igual à do pai. Eu só me questionava o que era que aquele pai solteiro ia fazer com aquele guri. Como fiquei com pena de separar pai e filho tão simbióticos, se constituiu a primeira e única relação tradicional das minhas brincadeiras. Freud explica?

Anônimo disse...

Acho que nossas brincadeiras de infancia explicam mtas coisas... minha Barbie ia ao shopping, passeava com as amigas, trabalhava fora, mas NÃO TINHA NAMORADO!
Nunca quis um Bob, nem um Ken.
Algumas vezes pegava um tubo de desodorante, colocava um bombril em cima como se fosse um cabelo blackpower e uns tecidos como roupa (oh criatividade!) e fazia essa coisa dirigir o lindo conversível pink para buscar a Barbie. Era o mais próximo de um relacionamento que minhas bonecas viram...
Oh céus!! Preciso voltar a ser criança pra rever essas brincadeiras!!! Será que se eu comprar um Ken hj em dia ainda dá jeito?????

fabiana disse...

Minha primeira barbie tinha cabelo castanho e uma mecha loira da frente, será que era a mesma?

Olha, eu tive brinquedos bizarros na infância também, e isso me inspira a criar um post sobre eles também... (mentira)

Esse lance dos absorventes é total 'me identifico'. A primeira vez que vi um absorvente embalado um a um na farmácia que minha mãe trabalhava, fiz um inferno até ela comprar para mim (e era caro). Outros tempos...

Se bem que, eu só tenho 27 anos...

fabiana disse...

Gente, eu tenho uma mini coleção pequeno pônei até hoje! Alguns tem cabelo azul... é.

MEDO!

carolina disse...

juliana do céu!!!!

só quero dizer que TODAS as minhas bonecas protagonistas se chamavam BIA!!!

pára com isso!!!

très julie disse...

eu também tive ken com cabelo! aliás, minha irmã teve. e eu acho que é bem capaz dele ter sido da the rockers também... mas já faz muito tempo, não vou conseguir lembrar.

e eu tive kit-frit. gente, esse post tá me deixando com vontade de escrever sobre todos os brinquedos e brincadeiras da infância. mas, do jeito que eu sou verborrágica, vai virar a ultimate encyclopedia about girls' toys ou algo do gênero.

Anônimo disse...

Eu não tive o kit-frit. Mas minha prima japa metida à besta tinha. Assim como a fazenda dos pôneis também.

Notem a mágoa de caboclo.

paula disse...

Eu não tive o kit-frit, e eu quis MUITO ter um.

Minha prima teve.

A mãe dela não deixava colocar água pra não sujar a casa.

Alguém ouviu uma risada de satisfação? ;)

Anônimo disse...

E o salão de barbeiro, ninguém mais teve? Um que tinha uns bonequinhos de cabeça de cone peneirada e tinha que girar uma alavanca pra massinha ir saindo que nem carne moída caindo da máquina.
Em tempo: como bom produto Acoxambrex, a tesoura não cortava, a maquininha de rapar nã rapava e a cadeirinha quebrava com a pressão capilar depois de 4 serviços.

Anônimo disse...

Um comentário nada a ver com Barbie. Eu também já trouxe muito absorvente dos States. Uma vez fiz meu pai trazer tantos que ele comprou uma caixa que não cabia na mala, então espalhou os saquinhos todos soltos por cima das roupas. Na alfândega quando abriram pra revistar, meus irmãos me contaram empolgados que o cara tava crente que tinha encontrado droga pela cara que fez quando deu com um bando de saquinhos verdes. Pegou um e perguntou algo do tipo "o que temos aqui". Quando ouviu a resposta de que era só absorvente largou correndo com uma cara de nojo que parecia que o treco já tava usado.