Páginas

terça-feira, 27 de maio de 2008

plagiando o uol: mano vai ter um mano

hoje eu descobri que marisa monte está grávida de novo.

eu não sei se eu desejo que ela, dessa vez, escolha um nome normal pro guri/guria (mano wladimir é de fuder o cidadão), ou continue na tendência bizarra, porque assim, um não vai ficar com inveja do outro e teremos uma repetição do evento caim e abel.

para comemorar a notícia, vamos relembrar o texto "o primeiro aniversário de mano wladimir"?

A primeira festa de aniversário de Mano Wladimir
(Por Vladimir Cunha)

Mano Wladimir está tenso. No colo da mãe, Marisa Monte, ele ainda não conseguiu entender exatamente o que está se passando. Ao seu lado, Carlinhos Brown conversa com Wally Salomão, que cita uma poesia de Caetano Veloso, que dá um brigadeiro orgânico (sem chocolate e sem leite condensado) para Zeca, que leva um pito da mãe, Paula Lavigne. Mano Wladimir está tenso. É a sua primeira festa de aniversário.

“Criança sã/De uma rã/Guardiã/Eu sou seu fã/Na manhã/Aramaçã/Cunhã”.

A música infantil escrita por Arnaldo Antunes especialmente para a festa é a trilha sonora da dança das cadeiras. Nada da Turma da Mônica, nada de atores desempregados vestidos de Pikachu. Aqui a coisa é diferente. MM resolveu ser mãe em grande estilo e contratou a Companhia Bufa de Artes e Performances do Absurdo para animar a festa. Fantasiado de Ed Motta, um ator recita de trás para a frente toda a obra de Eça de Queiroz para algumas crianças. Do outro lado da sala, um grupo de clowns (sim, porque numa festa como essa é proibido ter palhaço) ensaia uma volta à posição fetal enquanto ostenta reproduções dos parangolés de Hélio Oiticica. Num canto, Carlinhos Brown dá uma entrevista para uma repórter da revista Bravo, escalada especialmente para cobrir o evento.

- E aí, Brown? Está feliz com o primeiro aninho do Mano Wladimir?

- É uma coisa da modernidade nagô, no que tange a referência espaço/tempo do ciclo da história humana. O cósmico supremo da realização superlativa, a poética da bioenergia enquanto motor da sublimação ótica. É onde o eu e o tu fundem-se na epiderme inconsciente.

- E o que você deu de presente para ele?

- Pensei na questão do pacifismo, na guerra como catalisador das emoções humanas ao mesmo tempo em que atrai e repudia o ser. A máquina ceifadora que gera vibrações orgônicas, que tangencia e descontinua a unidade solar dos povos.

- Como assim?

- Eu dei um boneco dos Comandos em Ação…

Enquanto as crianças não podem comer o bolo de cenoura, aniz e mel de cana - que traz estampado uma reprodução de O Abaporu, de Tarsila do Amaral, em sua cobertura - Marisa Monte serve a elas copos de suco de gengibre e balas de cravo da Índia. Até que Paula Lavigne tem a idéia de chamá-las para um karaokê.

Quem começa a brincadeira é Benedito Tutankamon Pedro Baby, cinco anos e filho de um dos roadies de Arnaldo Antunes, que canta O Avarandado do Amanhecer, de Caetano Veloso. Em seguida é a vez de Zabelê Tucumã Nhenhé Çairã, três anos e filha da empresária de Carlinhos Brown, que canta Ana de Amsterdã, de Chico Buarque. Ao saber que a próxima criança a cantar é a impronunciável Zadhe Akham Mahalubé Sinosukarnopatrionitnafilewathua, filha da copeira de Marisa Monte, Paula Lavigne acha melhor suspender o karaokê.

É hora do Parabéns a Você. Os convidados reúnem-se em torno da mesa. E então, Marisa Monte anuncia uma surpresa: quem irá cantar o Parabéns é Carlinhos Brown.

Brown, que andava meio sumido depois de sua entrevista para a Bravo, aparece vestido com um cocar feito de canudinhos de plástico, uma camisa de jornal e uma tanga de folhas de bananeira. Atrás dele, 315 percussionistas da Timbalada, um videomaker e quatro poetas marginais. Brown pega um garrafão de água mineral e começa a cantar sua versão para Parabéns a Você:

- Vim para cantar/A tropicália alegria de um povo/Azul, badauê, zumbi/Ela não me quer/Mas sou um tacle regueiro/Viva o divino samba de João/Monarco na rua/Meu bloco chegou.

Arnaldo Antunes se empolga e começa a recitar poesias descontroladamente, Marisa Monte gorgeia e improvisa algumas melodias, a Timbalada toca um samba-reggae, Paula Lavigne cai na farra e Caetano acha tudo “lindo”. O videomaker filma tudo e Wally Salomão escreve o release. Os poetas marginais aproveitam a confusão para roubar uns docinhos.

Um executivo de uma grande gravadora, que entrou de penetra, contrata todos os presentes e promete CD, DVD, livro, críticas favoráveis no New York Times, participação de David Byrne e especial de televisão. Para comemorar, Arnaldo Antunes põe um disco de Lupicínio Rodrigues. O ator vestido de Ed Motta cospe fogo. Marisa Monte lê Mário Quintana em voz alta.

Mano Wladimir chora. É a sua primeira festa de aniversário.

pior é que eu super imagino isso acontecendo de verdade.

7 comentários:

Anônimo disse...

Cara, eu amo MM, mas tenho que admitir que esse texto é Ó-TE-MO!
A única coisa que me deixa triste é que provavelmente com essa notícia serão mais uns 4 anos sem CDs novos ou shows... humpf...

Anônimo disse...

Eu AMO esse e-mail do Mnao Wladimir.
Bom, preciso desabafar um outro tema completamente diferente com você porque é a única pessoa com quem saiu tema ipodístico (neste blog) nos últimos tempos.
Eu tenho um Classic 80 GB que nunca uso porque é um tijolo gigante e muito incômodo de usar. Como em casa ouço música no computador isso seria pra usar na rua e na rua acaba sendo uó pelo tamanho e peso, não é legal. Mesmo. Mas obviamente deve ter quem adore. Além disso, não ouço 80 GB de músiac de uma evz e não me incomodaria nem um pouco de ter só 4 GB e de vez em quando mudar o conteúdo. Resumo do dilema: quero vender. Mas adivinha? Em novembro de 2006 custou 380 Euros (em paridade de poder de compra seria como 380 reais no Brasil). de lá pra cá deram uma arredondada nas bordas (nova geração), ou seja, já não é o modelo "cool" que as pessoas querem pra estar "na crista". E detalhe 2: esse novo de 80 GB arredondado custa 240 Euros. Tá? Nem por 150 estou conseguindo vender. usei tão pouco que ainda tem plástico protetor.
Levando em conta o que me informaram que custa no Brasil (1000 reais?) não recomendo essa compra. Estou dizendo isso porque entendi que você ponderava. É muito caro, muito incômodo, desvaloriza NOVO em questão de meses, o modelo vai mudar constantemente, avacalhando o seu, e eu acho isso uó. Fica como conselho, cada qual faz o que achar melhor. Se eu disfrutasse dele estaria feliz por tê-lo.
Agora vou pensar se um dia compro um nano pequeno de 4GB. Hoje custa 130, anon que vem provavelmente 70. Acho que espero até lá :)
Ou compro um iPobre leve que tenha telinha organizada.
beijos.

Anônimo disse...

Eu tenho um iPobre. Só de 1gb e mesmo assim eu não dou conta de colocar tantas músicas nele. Na verdade, já está na hora de trocar a seleção do bichinho... O único inconveniente é que, numa viagem de, sei lá, mais de 4 horas, a bateria não 'guenta. Então, estou pensando em comprar um mp3, daqueles bem simpRes, pra me salvar nesses momentos de angústia, em que a opção é ficar ouvindo as conversas interessantíssimas do passageiro de 17 anos, ao lado. Ou assistir o filme que a Jenny From de Oshcar Freire Block faz uma camareira e ficar invejando o terno branco que ela usa no início!

Mas um IPÓÓÓDI de 4gb é suficiente, ao meu ver.

Anônimo disse...

Pois é, exatamente. Agora veja bem, se eu estivesse no Brasil não compraria nunca. Porque esse de 4Gb que custa 130€ agora --e certamente custará 70 ano que vem com design renovado-- no Brazza deve custar 800 pilas, é muito muito MUITO sem-noção isso. Eu faz uns anos tive um iMiséra genérico de 250 MB (hahah) que me fazia mais feliz até: era muito leve, o som bom e talz. Mas os problemas existiam: a famosa bateria que não durava nada, o lance de firmware lá (sempre dando erro e tendo que reinstalar) e o visor ruim, só dava pra ver uma música por vez. O bom do iPod, além da bateria que dura mais, é ver na tela a lista de albums, de cantores ou de músicas. Mas não tem sentido custar o que custa e o povo comprar. Eu teria que ganhar 10.000pra gastar 2.000 com um iPod gigante, na minha humilde escala de valores.

Anônimo disse...

Pela ordem:

1) HÁ ANOS eu tava querendo encontrar quem tivesse esse texto pra me repassar!!! Eu tinha lido à época, mas apaguei...(o e-mail nem existe mais)

2) Barbie, vc mora aqui? Por quanto vc tá vendendo o 80Gb (não consegui entender)?

3) Eu acho o SanDisk sansa maravilhoso. Ele é concorrente direto do Nano, mas é bem barato e tem um bom firmware. Vem em até 8Gb.

Comprei um tosquinho só para usar enquanto estivesse consertando o meu sansa (aviso: NÃO FIQUEM TIRANDO E COLOCANDO O FONE DE OUVIDO. ISSO ALARGA O BURACO E DÁ MAU-CONTATO... :P ).

Vou lá na loja trocar o tosquinho pela segunda vez, pq deu merda...

Não gastem dinheiro à toa...invistam em algo decente.

très julie disse...

iMiséra. tá certo.

aviso, amiga barbie: você pode vir para salvador sem medo, pois conseguirá se comunicar sem problemas por aqui. só vai precisar treinar o sotaque.

Anônimo disse...

Mas você sabe que eu sem querer (juro, não é tipo) com o passo dos dias pego o sotaque das pessoas com quem me relaciono? (se não desgosto delas, é claro). é um processo de aculturação involuntário. sempre que eu fico uns dias perto de uma amiga de BH me perguntam se sou mineiro. quando eu passava na infância um mês no interior, falava que nem eles. e eu A-DO-RO sotaque baiano (e o pernambucano). ia ser dois palitos.