um são joão nada junino: 3 meninas numa casa em arembepe, vários DVDs, CDs, um iPod, cerveja, um fondue... vocês imaginaram a cena.
ah, importante ressaltar que, embora o som tenha uma entrada USB para mp3, o iPod se recusa a tocar nele (ou ele se recusa a tocar o iPod, vá saber).
então que as meninas lêem, conversam, bebem, jogam cartas, vêem DVD, comem, tiram sonecas e tal. e uma delas simplesmente CAPOTA no sofá e deixa as outras duas conversando.
conversa vai, conversa vem, eis que as pessoas resolvem ouvir as músicas da pasta "brega e popular". a solução? cada uma com um fone de ouvido. e é quase impossível ouvir todas aquelas músicas sem cantar, de forma que rolou todo um duets.
detalhe 1: quando começou uma música de alcione, elas resolveram tomar um whisky, porque, afinal, "a marrom merece" (alguém ficou com medo dessa frase?)
detalhe 2: ouvindo em ordem alfabética de artista, só se chegou até fagner (letra F, atenção, a 6ª letra do alfabeto).
detalhe 3: enquanto elas maldiziam o fato de não haver um cabo que permitisse ouvir as músicas no som, o ser que havia morrido no sofá depois narrou ter acordado sem acreditar no que estava acontecendo (duas loucas cantando na sala), e com vontade de sair ali, no meio da madrugada, atrás de um cabo. porque imaginem, você ser acordado por duas pessoas semi alcoolizadas cantando a plenos pulmões músicas, por exemplo, de eduardo dusek, SEM OUVIR O ACOMPANHAMENTO? é por causa desse tipo de coisa que eu tenho um amigo que diz que o contrário de música é videokê.
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enquanto isso, no mesmo são joão, em uma cidade do interior, eis que paula (eu vou começar a psicografar as histórias de paula, já que ela não se propõe a escrever seu próprio blog) está na praça da cidade, esperando alguma banda estilo aviões do forró começar o show.
e aí entra aquela voz gravada ecoando a abertura do show: "prepare sua garganta... você vai... dançar (/eco çar-çar-çar-çar-çar)!".
garganta. dançar. oi, alguém desenha? ah, e atenção, era gravado. não é que a pessoa foi anunciar e se atrapalhou. houve um momento estúdio onde toda uma galera deve ter acompanhado isso, e NINGUÉM DISSE NADA. que nota?
11 comentários:
Fiquei aqui imaginando como deve ser fondue em Salvador, mas fiquei com calor e resolvi parar.
Fan,
Tá fazendo frio aqui! Eu juro!
Frio de baiano, mas frio.
gentchy, essa casa em arembepe deve ser a gaiola das loucas (e isso vindo de mim é um elogio e você sabe). bgos, wong foo!
não diria que está fazendo frio, mas a temperatura está bem mais baixa do que no verão. e outra, fondue não é uma coisa que esquente horrores. tomar uma sopa, por exemplo, esquenta muito mais.
e gente, amei que arembepe é a gaiola das loucas?
paula, me identifico.
minha gente, EU FUI num show do aviões do forró "trabalhar" pra minha progenitora, que ficou socializando linda.
mas até agora eu tô sem compreender, pq forró, vc imagina uma coisa que assim, mesmo que seja modernoso e eletrônico e cheio de gente mal vestida, é uma coisa que TEM que ser dançada a dois. mesmo que esses dois sejam você e uma vassoura ou que haja uma vibe meio air forró.
acontece que esses aviões do forró, além da música ruim, do povo mal vestido e das modernidades eletrônicas (triângulo e zabumba, kd), AS PESSOAS PARECEM ESTAR NUMA MICARETA. ficam pulando e pulando e cantando músicas que (há, eu decorei) a letra é no naipe: simbora beber, simbora pro bar... eu bebo água que passarinho não bebe, que tubarão não nada...
e eu não consigo imaginar ninguém que não seja netinho ômilamileumanoitesdeamorcomvocê cantando.
tirando que na festa de são joão, alguém esqueceu os cds, alguém que tava com ipod, mp3 e derivados da galera esqueceu que ficou encarregado de ser dj e na festa tocou, basicamente, forró pé de serra e cansei de ser sexy. enquanto dudu, o padre, ficava bebendo e se benzendo com a cruz e eu, gerente do correio elegante, ficava no microfone lendo mensagens tipo "de fulana para beltrano: QUE BUNDINHA EMPINADINHA, HEIN?"
Pois é, Carol. E depois de três noites seguidas ao som de inúmeras bandinhas do interior, no náipe dessa aviões do forró, só que com séríiiiiissimas restrições orçamentárias, eu volto à minha rotina em Salvador. Pego um daqueles ônibus circulares que dão a volta ao mundo pra chegar na sua casa, e qual não é a miha surpresa: o cobrador tinha um rádio. Os passageiros gritavam: forróóó! Ele se justificava dizendo que só tinha um forró gravado (lá na mídia que ele tava usando), o resto eram músicas românticas pq ele estava apaixonado. A cada início de "more than words" ou "kiss from a rose" o povo gritava "forróóó´" e ele repetia o único forró disponível. Foram umas oito execuções de "chupa que é de uva" até que eu descesse do ônibus.
DEVIA SER: PREPARE SEUS OUVIDOS, VOCÊ VAI DANÇAR (ÇAR, ÇAR, ÇAR)!
na ascepção escrôta da palavra.
gente, eu pagava pra ver dudu de padre, bebendo e se benzendo.
mas fiquei triste quando soube que faltaram os balões... :(
velho, como é que a gente não pesou no título "gaiola das louca?????"
e eu sempre pensei no lance de como é que alguém pode achar que Aviões do Forró toca forró já que o mesmo só pode ser dançado a dois????
ainda bem que não sou a única!!!!
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