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terça-feira, 31 de março de 2009

a fraternidade é vermelha. o cabelo também.

acho que todo mundo tem aquilo que pode ser chamado de "calcanhar de aquiles da reincidência": aquela coisa que faz e considera meio idiota, mas just can't help it. o meu tem a ver com pintar o cabelo.

obviamente, eu não acho que pintar o cabelo seja meio idiota, tanto que faço isso desde o 2º ano da faculdade, sendo que estou formada há 9 anos (e lá se vão 13 anos). o caminho foi mais ou menos o que dizem por aí que é o das drogas: você começa com algo quase inocente, como cigarrinhos de gordura hidrogenada chocolate da pan, e, quando vê, está vivendo um momento transpotting, viciado em heroína e mergulhando em vasos sanitários infectos para pegar supositórios que você acabou de cagar. então, fazendo a analogia, eu comecei com henna em pó, daquela que você mistura com água e faz uma pasta com cara de lama, passa no cabelo e, quando tira, além dele estar ressecado (henna dá brilho em cabelos oleosos, se o seu é seco, não use, ficadica), está com cheiro de chá de ervas, e o banheiro, imundo. vale mencionar, também, o visual "quarentona meio hippie esotérica" conferido pelo vermelho da henna aliado ao charme dos cabelos naturalmente encaracolados. e aí comecei a ouvir comentários dos amigos no estilo "aê, passou suco de beterraba!".

aí, aproveitando as maravilhas do dólar paritário com o real e da existência da king market (uma loja local de importados que foi a primeira que começou a vender todos os produtos importados que eu conhecia lendo a seventeen), e cansada do trabalho que dava a tal da henna, passei para um tonalizante da clairol. pensando nele hoje em dia, eu rio: era uma garrafinha com o produto já pronto, não tinha que misturar com nada (alõ, amônia? alô, peróxido de hidrogênio?). e eu achava que fazia o maior efeito.

aí, certa feita, inventei de comprar um daqueles clareadores de usar na praia, spray, também na finada king market. sabe como é, eu queria um cabelo ruivo, mas um ruivo verão. e tipo, foda-se que cabelo laranja não combina com pele bronzeada (alguém pensou em alcione?).

fui ficando mais espertinha e apelando pras drogas mais pesadas também: comecei com um "soft tonalizante", passei pro tonalizante de verdade (que o povo chamava de shampoo colorante) e no fim acabei me jogando nas tintas categoria "cobre 100% dos cabelos brancos" (eu não tenho nenhum, é só pra mostrar que, com elas, você vai de fato mudar a cor do seu cabelo), e é nessa categoria que eu estou.

(se você continua pensando na analogia com as drogas, saiba que isso não é o equivalente ao fundo do poço. no mundo dos cabelos tingidos, a coisa mais estúpida - a.k.a. ir atrás privada adentro do supositório cagado - que você pode fazer é acreditar que é capaz de, em casa, fazer luzes e mechas, e comprar algo do tipo "koleston highlights". mais detalhes no fim do post)

claro que o processo de ficar ruiva não transcorreu tranquilo, né? porque tinta vermelha mancha a pele, fica soltando dos cabelos quando você lava durante um tempo (ou seja, uma, duas, três, quatro semanas usando só roupa escura depois de dia de lavar o cabelo), dependendo do tom não combina com qualquer roupa, logo que você pinta é uma cor, que vai desbotando ao longo do tempo e muda totalmente, e vira outra (engraçado que é nessa fase que costuma ficar melhor). da última vez que eu pintei, fiquei com a testa e as orelhas cor-de-rosa e o cabelo levou uns 40 dias (quarenta dias!) soltando tinta quando eu lavava.

(graças a isso, e minha mãe me obrigou a prometer que eu iria, da próxima vez, pintar num salão, que ela ia pagar. eis que estou há quase 5 meses sem pintar, com uma raiz nada digna, nem um pouco a fim de gastar 160 r$ num salão - isso sem contar lavagem, a hidratação que sempre te empurram e a escova pra sair de lá com um cabelo que não corresponde à sua realidade e só te deixa frustrada quando você lava -, mas felizmente achei uma pessoa que vem em casa e cobra um preço deveras honesto. de forma que esta semana eu devo, finalmente, resolver este assunto.

e aí vou poder cortar o cabelo, né? porque aonde que eu vou no salão com esses 10 cm de raiz, pro cabelereiro me fulminar daquele jeito humilhante que só eles são capazes? nem morta!)

lendo tudo o que eu escrevi, que não é um centésimo do que eu poderia contar sobre o tema, me ocorre que, de fato, ser ruiva virou parte do que eu considero minha identidade. porque não é de graça, requer cuidados e retoques, tem a fase pós-tintura que é um saco, e até já gerou muito stress familiar.

para ilustrar minha insanidade e, ao mesmo tempo, explicar a alta nocividade do famigerado koleston highlights, vou narrar um episódio.

eis que ainda na época da faculdade, sabe deus o motivo, resolvi eu ir fazer tintura no salão (coisa inédita na minha vida até então). claro que não gostei, o povo acha que você chega lá pedindo um ruivo, ele passa um tonalizante castanho avermelhado e é a mesma coisa. mas não disse nada, achei que ia me acostumar. aí chego em casa e vejo que eu estou quase morena outra vez, lembro que tinta não clareia tinta, e tenho uma brilhante ideia: eu compro um kit koleston highlights, um tonalizante soft color granada e faço belas e interessantes mechas num tom mais avermelhado, pra abrir o tom do cabelo.

na teoria, tudo certo. na prática, as mechas não eram nada belas e interessantes, mas mediam tipo 10 cm de largura e tinha um tom de cabelo de pagodeiro. mas calma, que com o tonalizante elas ficarão vermelhas.

lavei o cabelo, tirei a tinta, e me olhei no espelho.

grande hera! /mulhermaravilha

pense em merthiolate. pense em lava incandescente. pense na camisa da seleçao da holanda. você está tendo uma noção da cor que as mechas ficaram.

minha mãe viu e deu UM ESCÂNDALO (alguém avisa que o cabelo é meu?), no nível de dizer coisas, dizer mais coisas, dizer ainda mais coisas, e que eu isso, e que eu aquilo, e, quando eu fui dormir e apaguei a luz do quarto (para parar de ouvir bronca, não basta estar com o cabelo cagado?), ela ignorou, e ficou na porta do meu quarto falando, para a escuridão, mal do meu cabelo.

eu não quis dar o braço a torcer e dizer que tinha odiado (mas, pensando bem, podia, né? e com isso, ganhava uma ida ao salão pra consertar o estrago), então, no dia seguinte, acordei cedão, fui à farmácia e comprei um imedia louro escuro vermelho intenso 6.66 (se você acha os nomes de tintas de cabelos interessantes, aguarde o post analisando as cores de esmalte e seus nomes) pra cobrir tudo. e funcionou, porque ela disse, no café da manhã, que vendo de dia, até que não estava TÃO ruim.

mas o orgulho cobrou seu preço. e alto. depois de, vamos contar, uma tintura no salão, um napalm koleston highlights, um tonalizante e, por fim, outra tintura, tudo isso entre quinta de noite e sábado de manhã cedo, meu cabelo ALISOU (não de uma forma boa; ficou com cara de espichado). e foi uma sorte que ele não tenha caído.

pois é. e depois disso, eu parei de pintar? não. continuo aí, junkie de tintas vermelhas, ouvindo de vez em quando meu pai me chamar de pica-pau. tentei a rehab de voltar pro castanho e nunca durou mais que 3 meses (fico achando sem graça), então assumi de vez (ui!). e agradeço se inventarem logo uma tintura em forma de pílula que você engole e seu cabelo nasce da cor que você quer. se já botaram uma orelha nas costas de um rato e clonaram uma ovelha, não deve demorar muito...

domingo, 29 de março de 2009

por isso que eu amo o planeta bizarro...

Polícia é chamada após homem se recusar a ficar nu em swing

Resort de nudismo promoveu festas de sexo para impulsionar o turismo.
Quatro mulheres haviam protestado pelo fato de o homem estar vestido.

Um resort de nudismo na Austrália precisou chamar a polícia depois que um turista se recusou a tirar a roupa durante uma festa de swing (troca de casais), segundo reportagem do jornal australiano "The Courier Mail".

O resort White Cockatoo, em Mossman, perto de Port Douglas, promoveu festas de sexo numa tentativa de impulsionar o turismo.

O proprietário do estabelecimento, Tony Fox, disse que o incidente aconteceu após quatro mulheres nuas terem protestado pelo fato de o homem estar completamente vestido.

"Elas se sentiam desconfortáveis com ele. Eu pedi para ele mostrar algum respeito e tirar suas roupas", disse Fox, destacando que o homem tentou agredi-lo e foi preciso chamar a polícia para expulsar ele e sua mulher do resort.

(fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1030557-6091,00-POLICIA+E+CHAMADA+APOS+HOMEM+SE+RECUSAR+A+FICAR+NU+EM+SWING.html)


Americana se machuca ao tentar aumentar potência do vibrador

Casal usou uma serra para dar a máxima potência ao brinquedinho.
Mulher contou à polícia que se machucou durante um ato consensual.

Uma norte-americana de 27 anos se machucou durante um experimento sexual em Lexington Park, no estado Maryland (EUA), após ela e seu parceiro tentarem aumentar a potência do vibrador usando uma serra acoplada.

Segundo a emissora "NBC Washington", após ligar para a central de emergência da polícia, o homem admitiu que anexou ao brinquedinho sexual uma serra, com objetivo de dar a máxima potência ao vibrador.

No entanto a serra atravessou o brinquedinho sexual e feriu a mulher, que foi levada para o hospital Prince George. O incidente aconteceu no último domingo, mas, no dia seguinte, ela foi liberada do hospital.

A mulher contou à polícia que se machucou durante um ato consensual e que ela e seu companheiro tentaram algo novo para "apimentar a relação". Por isso, de acordo com a polícia, nenhum crime foi cometido.

(fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1040029-6091,00-AMERICANA+SE+MACHUCA+AO+TENTAR+AUMENTAR+POTENCIA+DO+VIBRADOR.html)


tem como não gostar? tem como não ter gastura imaginando uma serra elétrica acoplada num vibrador? tem como não ter vergonha alheia do casal explicando o que aconteceu no hospital? tem como não AMAR sobre todas as coisas a frase "eu pedi para ele mostrar algum respeito e tirar suas roupas"?

numa noite de domingo, pelo MSN...

carolina diz:
cara, mudando de assunto rapidinho: como se calça isso?
http://www.lojamelissa.com.br/lojamelissa.php?secao=Detalhes&modelo=31121




très julie diz:
sei lá. deve ser um modelo pra quem tem prótese de pé.
desatarraxa, bota o pé lá dentro, atarraxa de novo na perna.

carolina diz:
HAHAHAHA

très julie diz:
mas ok, depois de olhar por 5 minutos, eu descobri.
é por trás.
veja as duas vinho, você vai entender, porque a que está mais pra trás está melhor posicionada.




carolina diz:
é, eu sei, mas eu não entendo como isso fica no pé, anatomicamente falando

très julie diz:
é.
prefiro minha explicação.
uma coisa heather mills, essa é pra você!

carolina diz:
HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAA

très julie diz:
porque, né, a melissa, como uma loja moderna, tem que se preocupar com todas as consumidoras.
acho importante, nesse momento de inclusão social.
e essa é o demônio: http://www.lojamelissa.com.br/lojamelissa.php?secao=Detalhes&modelo=30313




carolina diz:
e eu tenho problema com melissas de camurça
cara, e tem cores sortidas, né
medo velocidade 58

très julie diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

e nem é despeito porque em salvador não tem loja melissa, juro. ah, e aceitamos explicações sobre o modo de calçar a primeira.

sábado, 28 de março de 2009

síndrome de estivadora

eu fiquei muito impressionada com algo que li no blog da pher: Como diriam as feministas, a mulher ideal está ligada a uma idéia de diminuição: juventude, traços delicados, corpo magro, voz fina, escassez de pêlos, modos discretos, poucos parceiros, etc. Ou seja, existe essa parte de critérios estéticos. A mulher mais de acordo com os padrões tem mais pretendentes e seria bobagem negar isso.

sim, eu sei que somos educadas a ocupar o mínimo possível de espaço (enquanto os homens fazem questão de conquistar todo o espaço possível, sentando de pernas abertas no metrô, por exemplo), a comer pouco (por uma questão de educação mesmo, para não ficar numa vibe ogro), a falar baixo, a sorrir (sim, as pessoas adoram dizer às mulheres que sorriam, e nenhum desconhecido normal jamais dirá isso a um homem), etc, etc. não é minha pretensão nem meu objetivo fazer um manifesto a respeito da repressão secular feminina e tal. eu só vim falar de mim e de me achar um neardenthal junto deste padrão.

tudo bem que eu não falo alto, nem como de boca aberta, nem como as mãos. mas sempre que tenho a sensação de ocupar mais espaço que o "normal" das mulheres, me sinto assim, grande. e não tem a ver (só) com peso. eu tenho cabelão, bem cheio, comprido, cacheado, uma juba. tenho bocão e sorrisão. falo gesticulando horrores (é quase um milagre que eu não viva batendo nos garços incautos). jamais serei descrita como uma pessoa que anda quase flutuando (e nada como andar com um sapato mais pesado num piso de taco para se sentir um iéti). não sou fisicamente leve (então, nunca serei convidada a dançar coisas que façam com que o parceiro suporte meu peso). não danço suavemente - na verdade, eu já disse diversas vezes que eu não danço, eu faço performance, e alguém vai descrever uma drag queen como delicada? sou engraçada, conto histórias para que as pessoas riam, e isso inclui imitar vozes, trejeitos e afins (ou seja, discreta aonde?). ainda por cima, gosto de acessórios grandes (anéis, brincos, colares, bolsas) e de cores vivas (e odeio tons pastéis).

visualize: dona jura meets viúva porcina meets tancinha da novela sassaricando.

não bastasse isso, ainda me sinto um pouco como aquele personagem de claudia raia na novela rainha da sucata, a "bailarina da coxa grossa". não pela circunferência das minhas pernocas (na verdade, eu tenho canela de sabiá), mas pela característica de ser fisicamente desastrada. vivo me batendo, me prendendo em cabides e maçanetas de portas, e derrubando coisas com o quadril (quem foi o *&%$* que gritou "charlene!"?). também sou bem o tipo de pessoa que é capaz de estar com uma caneta na mão e ao gesticular, arremessar longe (super phyna), ou que quando vai atender o telefone, derruba antes. mas não sou elefante em loja de louças, porque, talvez por me conhecer, eu ajo de forma bastante cuidadosa nas imediações de coisas delicadas e quebráveis.

aí, nada mais justo que minha mãe e minha irmã digam que eu tenho toda uma vibe estivador quando vou abrir a porta, fechar a janela do quarto para ligar o ar condicionado, digitar, mexer o suco (o advérbio usado é "vigorosamente")...

após pintar um retrato da situação, espero que as pessoas entendam o quanto é difícil estar junto de mulheres femininas, magras e mignons sem me sentir um dinossauro, inclusive na altura. e não adianta me dizer pra andar só com gente mais alta, medindo 1,62m nem é difícil achar gente mais alta que eu. mas estar perto de mulheres delicadas e altas me faz sentir o aríete do he-man (ou insira aqui o atarracado de sua preferência)!

não pensem que eu estou lamentando; se eu quisesse tanto ser inha, teria me policiado e tentado me tornar isto. ao contrário, por ter sido (e ainda ser) tímida, eu acho que inconscientemente luto contra com a arma que tenho: a expressividade. e, pensando bem, audrey hepburn é linda, elegante, classuda, mas você se imagina passando uma noite super divertida com ela, bebendo, falando besteira, dançando, surtando, lembrando de micos que pagou, cantando no bar? eu não.

p.s. dedico este texto a todas as minhas amigas que são, de alguma maneira, superlativas, e me entendem.

quinta-feira, 26 de março de 2009

justa medida

odeio a sensação de estar no meio do caminho, de não conseguir alcançar nenhum dos lados e ficar flutuando e pendendo ora para um lado, ora para o outro.

se eu fosse mais fútil, seria mais preocupada com minha aparência como um todo (porque claro que quem pinta cabelo, faz unha, usa maquiagem e gosta de roupas é preocupada com sua aparência), e emagreceria. nem que fosse fazendo dietas insanas e ficando psicada com número de calorias de cada coisa.

se eu fosse menos fútil, não ligaria a mínima para o assunto peso e não me incomodaria com quantos quilos eu peso, nem com que roupa eu pareço menos gorda. ia achar tudo isso uma grande idiotice e não gastaria meus ATPs com o tema.

sendo como sou, esse assunto é um tormento. tem horas que eu penso que nem imagino como é viver sem ter esse tipo de preocupação. se o peso - não importa se muito, pouco ou normal - não me afetasse em nada. quantas brigas eu não teria com minha mãe, quantas crises de auto-estima eu não teria comigo mesma, quantas chateações eu não passaria querendo uma roupa que não cabe em mim (ter acabado seu número é bem diferente de não existir seu número, sobretudo quando por trás está a mensagem velada de que se você estivesse dentro do padrão da "normalidade", não enfrentaria este problema).

sem contar, claro, a semi-esquizofrenia de me auto-acusar de fútil quando manifesto preocupação com o assunto, e de desleixada por não conseguir resolvê-lo. é um "eu ouço vozes" light, que mesmo assim é bem incômodo.

por que tem horas que parece que tudo o que você não é é melhor do que o que você de fato é?

segunda-feira, 23 de março de 2009

de repente 32

eu confesso, uma cena de filme com a qual eu DEFINITIVAMENTE me identifico é essa:



eu já contei aqui (neste post) como eu fui capaz de chegar numa festa onde conhecia as pessoas via internet há um tempo, mas ao vivo mesmo tinha tipo 1 hora (se bem que foi 1 hora que valeu por meses), e eu ORGANIZEI uma coreografia de thriller. eu MANDAVA e as pessoas OBEDECIAM (isso muito me choca, porque eu me acho zero assertiva no critério "mandar em pessoas"). foi um momento lindo naquela noite de 03/02/2007, num rio de janeiro quente como a miséria. tenho certeza que este momento dançante me fez selar várias amizades que serão eternas no meu S2 <3.

sendo que, oi?, eu nunca tinha visto de repente 30, então eu não sabia da existência desta cena (perceba que isso em nada melhora minha situação, pelo contrário).

então, que mané concurso. já pensei muito, e acho que a profissão dos meus sonhos seria "animadora dançante de festas". tocando as músicas certas, pode apostar que eu fico dançando e rodando em ritmo de festa até o dia raiar. faço precinhos camaradas, sou limpinha, perfumada (pelo menos no começo da festa) e meus piores micos são todos publicáveis. ah, ainda animo seu videokê! (aham, eu aqui, divagando e me despedindo da realidade. realidade, um beijo!)

e sábado eu finalmente descobri uma aula de dança moderna geriátrica para maiores de 20 anos (porque não dá pra ter dignidade dançando de collant quando se está gorda - alguém aí pensou no hipopótamo dançando ballet do filme fantasia? -, fora de forma e quando sua abertura máxima é perto de 90°, numa turma cheia de adolescentes louquíssimas com preparo físico de ginasta russa) e só estou tomando coragem atrás de maiores informações para entrar. porque sim, você pode não acreditar, mas eu sou tímida para certas coisas.

e meu próximo dilema é: como conseguir pintar meu cabelo da cor que ele está atualmente, que não é nem de longe a da qual ele foi pintado em 04/11?

sim, estou mulherzinha hoje. na verdade, agora, porque passei a tarde assistindo watchmen sozinha no cinema, com uma camiseta com a estampa de darth vader. can you spell G-A-R-O-T-O N-E-R-D?

p.s. eu juro que queria ver michael jackson em um dos seus shows de despedida. minha irmã disse que certamente vai ser uma mega sessão de egotrip (e o que é isso pra quem já fez capa de disco com estátua gigante de si mesmo? praticamente, como diria minha prima, um pum numa rave)), mas eu acho que vai ser bom. nem que seja pra eu surtar nos hits e me emocionar nível TPM nas cenas de gente morrendo de fome na somália que com certeza vão rolar no telão, além do momento free willy", e eu ainda aposto numa participação über brega de elizabeth taylor. olhem o repértorio divulgado:

"Billie Jean"
"Wanna Be Startin' Something"
"Rock With You"
"The Way You Make Me Feel"
"Don't Stop Till You Get Enough"
"I Just Can't Stop Loving You"
"Human Nature"
"Smooth Criminal"
"Girlfriend"
"Man in the Mirror"
"Beat It"
"One Day in Your Life"
"Heal the World"
"You Are Not Alone"
"Remember The Time"
"Thriller"

tipo, TÔ MORRENDO, juro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

sociologia meets bob fosse

mundo (cada vez mais) bizarro:

Obra de Karl Marx, O Capital vai virar musical na China

A obra O Capital, do filósofo alemão Karl Marx, vai virar musical na China. A narrativa tem como cenário uma empresa com operários insatisfeitos com suas condições de trabalho. Ao descobrirem que estão sendo explorados por seu chefe, eles resolvem agir.

A peça, que tem estreia prevista para o ano que vem, terá shows de dança no estilo Broadway e terá assinatura de He Nian, diretor de lutas de artes marciais. "O estilo da apresentação não é o que importa, mas sim que as teorias de Marx não sejam distorcidas", disse ele em entrevista ao Wen Hui Bao.

Para a adaptação ser o mais fiel possível à ideologia marxista, a produção do espetáculo contratou um professor de economia para revisar o roteiro. Ainda não houve nenhuma manifestação do Ministério de Propaganda, responsável pela censura cultural.

se eu fosse marxista, seria MEGA contra. tá loca, fia? tem total a vibe de ser o primavera para hitler* deste milênio. vejam o vídeo do filme de 1968 e me digam se não concordam comigo.



de brinde, ainda coloco a parte da escolha do hitler para a peça, que é provavelmente a melhor parte do filme (e olhem que o filme é todo bom):



além do mais, super me lembrou os tempos do colégio, porque nos trabalhos de grupo, independentemente da matéria ou do assunto, a gente sempre queria colocar música e dança (a gente = meninas). para vocês terem uma idéia, fizemos uma peça de literatura sobre mitologia grega contando 5 mitos: narciso, rei midas, o minotauro, prometeu e pandora e o rapto de perséfone por hades, e rolavam várias músicas do filme grease com coreografias. então, não seria impossível fazer um musical sobre o capital, se tivesse existido esse trabalho. não duvidem da capacidade e criatividade de adolescentes fãs de filmes como o já citado grease, flashdance, footloose & afins.


* está aí um filme que eu amo - a versão de 1968, porque aquela nova,
os produtores, é tão sem gracinha...

quinta-feira, 19 de março de 2009

coisas que você não pode dizer só de olhar para ela

50 anos depois, eis que finalmente estou de volta.

aí que a kinha, do dona baratinha, e a rachel, do c'est quoi ce bordel?, botaram o meu na roda e cá estou eu participando deste meme. é fácil, basta copiar as regras, dizer 6 coisas aleatórias sobre você e depois repassar para os coleguinhas.

as regras:

1. linkar a pessoa que te indicou: check!

2. escrever as regras do mesmo em seu blog: check!

3. contar seis coisas aleatórias sobre você (minha gente, vocês não tem medo do perigo, pra deixar uma pessoa verborrágica contar 6 coisas aleatórias sobre si? que coraaaaage!):

+ tenho muito medo de feder. sobretudo de ter mau hálito, porque isso é o tipo de coisa que você não percebe em si mesmo, mas todos ao seu redor sim, e eu bem sei o quanto é ruim (me lembro nitidamente das pessoas que conheço ou conheci que têm/tinham mau hálito crônico). chulé-cheetos-bola e cecê também não são nada agradáveis. aliás, eu nem entendo como algumas pessoas (sobretudo na europa) podem não ligar pra banho e conseguem viver com o eterno cheiro de sebo. como diria uma amiga minha, é sempre bom ser higiênico.

+ apesar de muita gente achar que é mentira, nunca usei drogas, de nenhuma espécie (tirando remédio pra emagrecer, anfetamina, devidamente prescrito pelo médico, e não recomendo para nenhum fim). mas adoro tomar uns gorós. e estou há mais de um ano sem fumar!

+ algumas coisas que eu queria muito saber fazer: tocar bateria (na verdade, tocar qualquer instrumento), jogar sinuca, andar de skate e dançar break, no chão, rodando loucamente.

+ meu bisavô foi excomungado até a minha geração (não sei se é 3ª ou 4ª porque esqueci como é que se conta isso de geração). segundo minha avó, filha dele, é porque ele se recusou a defender (ele era advogado criminalista) um cardeal que foi acusado de estuprar uma freira, e preferiu defender a freira. claro que isso foi de alguma forma revertido, porque minha avó era mega católica e inclusive amiga de padres, ma eu adoro ter essa carta na manga e contar às pessoas no momento certo. causa um frisson sensacional. BÔNUS: meu celular tem final 666.

+ de uma maneira quase que intuitiva, aprendi a cozinhar quando fui morar em são paulo, e hoje é uma coisa que eu adoro fazer, se estiver com paciência. não sou nenhum mestre cuca como algumas amigas minhas, que sabem fazer de tudo e mais um pouco, mas me viro muito bem com massas e risotos, e invento uns petiscos que funcionam. raramente cozinho alguma coisa doce (exceção: cookies de chocolate e bolo de cenoura, e já soube fazer bolinho de chuva). e acho que alho é sempre bem vindo nas receitas. ADORO alho, tudo (salgado) fica bom com alho. inclusive, sou da categoria de pessoas fanáticas por pão de alho, do tipo que compra no supermercado e pede no bar. e foda-se o bafo! pois é, sendo que eu tenho medo de ter mau hálito... vão entender.

+ sofro muito de vergonha alheia, seriamente. sabe quando você está vendo um programa tipo namoro na tv e aparece aquele cara que vai se declarar para sua paixão secreta, que, quando vê quem é o tal admirador, fica morrendo, e todo aquele momento constrangedor sendo transmitido para todos os lares brasileiros? eu não aguento assistir, fico tão agoniada que desligo a tv. e vale para qualquer situação de muita vergonha alheia em público. tem coisas que eu nem entendo como é que o povo assiste, embora, se alguém me contar, eu seja capaz de achar graça. ams ver o sujeito ali, naquela situação... é foda.

+ de brinde, mais uma: eu amo minha irmã (a.k.a. momento beesha do meme).

4. indicar a galera que foi eleita para continuar esta missão e colocar os links no final do post: vamos lá.

carol
jorge
dudu
luis
pati
quéroul

(pher, eu liberei você porque vi que já rolou um meme meio parecido no seu blog)

5. Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela: OK!

segunda-feira, 2 de março de 2009

o diabo de calcinha de piriguete

Susana Vieira quer ser a Hebe da Globo

Empolgada porque virou repórter por um dia do "Vídeo Show", ao gravar os bastidores da Grande Rio, Susana Vieira disse que quer virar apresentadora. O tempo todo se elogiando, dizendo que leva jeito para o negócio, ela afirmou, durante intervalo de gravação, que ainda vai ser a Hebe da Globo. De shortinho, rebolando até o chão, era só alegria.

isso é o tipo de coisa que eu leio e me dá vontade de sair correndo, gritando e tirando a roupa. saindo um especial de medo com molho, orégano, queijo, manjericão e tudo o que tiver direito em cima, mc fritas e refrigerante grande acompanham!

sério, qual o tamanho do ego dessa mulher? suzana vieira e fábio jr.: sem limites pra sonhar"!