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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

apresentando: o obamizer

confesso que assisti, sim, a um pedaço da posse de obama. foda-se que não sou americana, acho muito digna essa coisa de eleger presidente negro. além do mais, bush saindo da casa branca me deixa feliz.

sim, está rolando uma obamamania. sem falar em pessoas como a secretária daqui de casa que disse que queria "fazer um sonho maluco com obama". sonho maluco era um quadro do programa viva a noite em que as pessoas mandavam cartas pedindo pra que alguma coisa exdrúxula, em geral com um artista, fosse realizada pela produção. mas eu acho que ela estava pensando em outro tipo de coisa...

anyway, você já pode "obamizar" quem você quiser, no estilo do cartaz da campanha, sabe? por exemplo, ó eu:


basta vir neste site e seguir as instruções (entrego logo que é nível escolinha, de tão fácil). divirtam-se!

always look on the bright side of life

eu preciso aprender a não ser pessimista. não porque isso seja negativo, contamine o ambiente, deixe o cabelo ruim e tal, mas porque não tenho reais motivos para tanto (a não ser uma condição de saúde que me faz ser assim, mas isso é assunto pra um outro post).

porque sim, tudo bem que minha vida amorosa é inexistente, mas isso não quer dizer que ela não poderia ser existente se eu me mexesse ou mudasse certos paradigmas.

não tenho emprego? na verdade, tenho a sorte de no momento poder só estudar pra concurso. quantas pessoas por aí gostariam de ter esta condição? ou seja, se eu sentar o traseiro gordo na cadeira e fizer a minha parte, a coisa com certeza vem.

meu cabelo pode não ser perfeito, mas com certeza não me deixa deprimida, basta um pouco de paciência e de cuidado e ele fica legal (ou pelo menos não me faz passar vergonha). minha pele é boa, não sou alta mas também não sou um gabiru, não sou sem bunda, e basicamente o único problema estético, que é o peso, pode ser resolvido apenas com minha força de vontade (ao contrário de gente que pra ser gatinha, só nascendo de novo).

não tenho problemas familiares daqueles que fazem a pessoa querer morrer de vez em quando (tipo irmão viciado em drogas, ou com tendências suicidas, ou tomando dinheiro emprestado de agiotas, etc). pelo contrário, tenho uma família estruturada e que se apóia (apoia?) mutuamente.

coisas chatas não vivem me acontecendo, e, de uma forma geral, eu tenho alguma sorte. por exemplo, a menina que bateu no meu carro era a melhor pessoa do mundo para bater num carro alheio. antes que eu voltasse de arembepe no reveillon, ela já tinha mandado e-mail dizendo pra eu fazer o orçamento e mandar pra ela. fiz, mandei, dando a opção de ir ver em outro lugar,. e ela respondeu que quem tinha que escolher o lugar era eu! na quinta-feira 09/01 o dinheiro estava na minha conta (sendo que ela mora em aracaju, então a chance de ter dado errado era razoável)!

não vou ficar aqui enumerando as "bênçãos" porque, além de ficar chato pra caralho, ainda corro o risco de que algum espírito de porco fique de olho gordo pra cima de mim (chuta que é macumba!). por outro lado, este post não deve ser lido como provocação, "pollyanice" ou egotrip. é que eu tenho pensado muito sobre isso, e resolvi registrar sobretudo para servir de lembrete para mim mesma. porque, como eu disse a um amigo hoje, é muito fácil entrar numa de hiena hardy e ficar se lamentando sobre como o mundo é péssimo e a vida, cruel. não é. e nem precisa pensar que tem gente morrendo na áfrica, ou sendo obrigado a ouvir kenny g porque seu emprego é de ascensorista. não é que as nossas coisas são boas em comparação, é que elas são boas, ponto.

de forma que eu quero, sim, ser mais positiva, mais solar, menos apática, mais crente, menos distímica. menos eu, num certo aspecto, pra ser mais eu em tantos outros. tudo isso sem precisar ler "o segredo" nem me transformar numa destas Pessoas Irritantemente Cheias De Vida O Tempo Todo (ninguém merece isso).

será que agora vai?

"todo mundo cantando comigo! agora só as virgens, só as virgens! brincadeira, sem preconceito..."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

as mais pedidas de janeiro de 2009

janeiro de 2009 já tem suas 2 músicas preferidas, pelo menos por aqui.

uma delas é velha conhecida minha: i don't want to get over you, do magnetic fields. foi a 1ª música deles que eu ouvi, num disco que um amigo meu gravou pra mim. eu achei linda e fui atrás de outras - na época tive a raça de baixar alguns álbuns da banda com conexão discada e tudo.

outros tempos, outro HD (o da época repousa em paz), mesma música, parei para prestar a devida atenção na letra e surtei. coloquei a música no repeat e desde então, ouço sem parar.

ela faz parte de um álbum triplo da banda/projeto de stephen merritt chamado 69 love songs, em 3 volumes. sim, são 69 músicas falando sobre amor em todas as suas formas, com lirismo, sentimento e, em alguns casos, humor. eu recomendo (embora ache que não é algo de que todos vão gostar).

a música não tem clipe, mas eu achei uma animação no youtube que é muito fofa. acho que a banda gostaria que este fosse o clipe oficial:



a outra música que está nas paradas de sucesso do meu quarto e do meu carro é dance with me, do nouvelle vague, esta descoberta mais recente. nouvelle vague é um projeto francês que faz covers de músicas num clima bossa nova-lounge-easy listening. é bem fofinho e com certeza altamente gostável. recomendo os 2 álbuns da banda (ambos de covers de músicas em inglês).

eu já ouvia o primeiro disco há um tempo, e ano passado descobri que tinha saído um segundo, no mesmo esquema. essa música é deste 2º álgum, bande a part, que é também o nome de um filme de godard. e, como não tinha clipe oficial, alguém (que eu não sei quem foi) teve a idéia de pegar uma cena do filme, em que os personagens dançam, e usar, desacelerando a imagem para deixar o ritmo da coreografia igual ao da música. aprovado, ficou bem legal:



alguém já tem as preferidas de 2009 até o momento para indicar?

p.s. pati, a do magnetic fields é dedicada a você, que entrou junto na compulsão.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

quando o bizarro dita moda

eu fico impressionada com o fato de tragédias e bizarrices conseguirem virar modinha. quando apareceu o caso de suzane von richthofen, começaram a sair quase que diariamente nos jornais notícias de gente que matou os pais, os avós, os tios, etc. vai dizer que isso não acontece nunca, por motivos diversos (pessoa que era abusada sexualmente, viciado que queria comprar drogas, psicopata, etc)?

depois do caso nardoni, pipocaram histórias de gente que jogou o bebê pela janela, se jogou com o bebê, se jogou sem o bebê, enfim, todas as modalidades. sendo que, oi?, uma das formas de se cometer homicídio/infanticídio/suicídio, infelizmente, é defenestrando a pessoa/a si próprio. não acho que deve ter havido um aumento dos casos do tipo, mas a onda passou a ser procurar casos de "assassinato + janela" pra colocar nas manchetes.

aí tivemos o momento eloá, e parece que nunca antes na história deste país tinha havido este tipo de coisa, e só a partir daí é que as mentes doentias começaram a trabalhar. mais uma vez: oi?

pois bem. tudo isso é pra dizer que a moda agora é namorar pelado gente morrendo em cruzeiro. aparentemente, o brasil virou o cenário de um filme do tipo "terror a bordo", porque desde que aquela menina morreu no cruzeiro universitário, sempre tem alguma notinha sobre alguém que morreu ou se intoxicou num cruzeiro.

tenho medo do que virá por aí.

irritando juliana young - na sala de aula

aí que o curso que eu estou fazendo (preparatório para o concurso da AGU, cuja prova será dia 01/02) acaba sábado, e eu preciso começar outro.

de preferência, que dure o ano todo e tenha muitas aulas das matérias que eu não sei (ou seja, praticamente todas, já que outro dia eu cheguei à conclusão de que só aprendi direito civil, direito penal e processo civil na faculdade, e como depois disso o código civil mudou inteiro... you got the point).

de preferência, que não me deixe pobre, porque, jesus, os cursos estão metendo a faca. sim, curso preparatório para concurso pode sair pelo preço de uma pós-graduação (e mesmo que eles digam que dão certificado de pós, acreditem, não é a mesma coisa se você vai procurar emprego - se bem que para o fim de servir como título em concurso, é possível que sirva).

e, embora eu adore ter contato com professores de carne e osso (não, não no sentido bíblico, controlem suas mentes pervertidas), já que assim dá para debater os temas, fazer perguntas, pedir indicação de livros e tal, tendo em vista a criatura que é minha colega no curso atual, de preferência que seja telepresencial, naquele esquema "aula no telão, todo mundo calado fazendo silêncio total".

não, eu não era a favor desta modalidade, mas me rendi. devo começar a ter aulas nesse esquema semana que vem, após uma pesquisa que me consumiu dias, fosfatos, me encheu de dúvidas, me fez falar com deus e o mundo e, por fim, concluir que sou mesmo filha de meu pai, que é uma pessoa capaz de fazer uma pesquisa extensa para comprar um TELEFONE SEM FIO. bom, um curso de duração anual não é exatamente um telefone sem fio, mas vamos aprender, juliana, que nada na vida é definitivo, tirando a morte (até tatuagem você consegue remover), e que se você começar esse e não gostar, sempre pode ir para o outro ou para o que faz hoje (não trabalhamos com propaganda gratuita).

as vantagens? você vai ter basicamente o mesmo curso que todo mundo aí brasilzão afora, e, como eu disse antes, você vai escapar da terrível praga do colega "eu-sei-tudo-quero-debater-na-aula".

é assim: você pega um curso onde a maioria dos alunos é de gente recém-formada e coloca alguns balzaquianos e uma pessoa de seus 40 anos. esta pessoa provavelmente se sentira insegura porque não está mais no frescor da juventude (sei bem o que é isso) e porque fez faculdade há tempos atrás, e sabe como é no brasil: quando você aprende uma coisa, eles mudam a lei (vide eu e o código civl antigo e a lei de falências anterior). aí, não sei se para mostrar que está firme na competição por um cargo público, ou que não parou no tempo, ou que é inteligente, ou não sei o quê (não sei entrar na mente dos psicopatas, por mais que eu tente), a pessoa não faz perguntas: ela DEBATE com os professores.

sério, gente. as perguntas são todas do tipo "e o que você acha da lei tal?" ou "você acha esse ponto de vista certo?", que nada mais são do que uma forma de introduzir um discurso expondo o que ELA pensa e sabe sobre o assunto. diga-se de passagem, de uma forma indelicada, falando por cima do professor. e total numa vibe "tô no mestrado", que obviamente não é o escopo de um curso do tipo reta final pra um concurso específico.

sim, eu sei, maldita profissão em que os colegas são todos articulados e acham que tem que dar seu parecer sobre tudo, mas algumas pessoas conseguem ultrapassar o nível médio de chatice dos profissionais da área jurídica e chegar a níveis estratosféricos.

isso anda me irritando tanto que ontem eu SONHEI que estava numa sala de aula e que quando ela começava a falar de alguma coisa, as pessoas começavam a fazer aquele ruído universal do "ai que saco" (de boca fechada, como se estivesse sorrindo, puxe o ar para dentro ao mesmo tempo em que separa os lábios, empurrando o inferior para baixo - espero que vocês entendam, porque é uma coisa inonomatopeica) e começou o quebra pau do ano, com o professor dando piti, um aluno que achou ruim o piti e começou a imitar um burro para o professor e foi um deus nos acuda. o próximo passo é sonhar que estou batendo nela.

por conta disso, vamos fazer uma lista das coisas mais irritantes numa sala de aula? quem quiser, complete nos comentários.

- o colega sabe-tudo (e fala-tudo), já mencionado e desenvolvido acima.

- gente que conversa ou fica falando no telefone como se estivesse na sala de sua casa (isso vale também para o cinema).

- pessoas neuróticas que ficam querendo saber quanto você está estudando, por que livros, quantas horas por dia, e que ainda acham que você está escondendo o jogo quando diz que não sabe direito do trabalho (não pra prestar concurso da magistratura), já que "você estava participando horrores da aula". tipo, corrão (sic) para as montanhas.

- professores que passam a aula toda ajeitando os documentos (aka genitália). eu comentei isso com um colega meu e ele quis justificar dizendo que "ah, você não sabe, de repente coça". ó, vou dizer que no calor, o das mulheres também pode coçar, a calcinha pode entrar na bunda, o absorvente incomodar, os pêlos estarem crescendo ou encravados, a pessoa estar com chato, mas vocês não veem as mulheres por aí se ajeitando de 2 em 2 minutos na frente de todo mundo, certo? e só piora se você está em cima de um tablado dando aula, com todas as atenções voltadas para você.

- gente que é ótima pra tomar suas anotações emprestadas, mas que não empresta as próprias (graças a deus não tive esta experiência recentemente).

- o colega que faz perguntas completamente idiotas. se você está no nível MOBRAL, não tenho culpa, mas ficar querendo explicações nível graduação quando não se está nela é foda.

- aquelas pessoas que parecem que têm que repetir o que o professor disse, para si mesmas, para conseguirem internalizar. deve ser alguma técnica de fixação, mas é muito chato sentar perto de uma dessas pessoas e ficar ouvindo a aula "com écquio" (/seucreisson). se você é assim, grave a aula e use sua técnica quando estiver no seu quarto.

- professores que usam a frase "vocês estão conseguindo acompanhar?" como vírgula, sendo que estão falando do assunto no nível children 1. eu fico achando que o cara é condescente com os "pobres aluninhos" que não sabem nada, e me revolto mesmo.

- professores que querem que TODOS os alunos fiquem em TODAS as aulas com cara de "comercial de margarina", e não com cara de cansados/entediados/sonolentos/odiando ter aula domingo.

fica parecendo que eu odeio as aulas e os coleguinhas com todas as minhas forças, mas não é assim. essas coisas chatas costumam ser exceção, os professores em geral conseguem motivar os alunos sem achar que eles têm que achar que é o programa do século assistir aulas, e os colegas acabam sendo gente boa. ainda bem, né?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

faça feio: escrevendo de forma esteticamente não aprazível

eu juro que estou tentando me adaptar à reforma ortográfica, mas é foda. gente. benvindo ao invés de bem vindo é muito feio. e o mais surreal: auto-sabotagem virou autossabotagem, mas fizeram microondas virar micro-ondas!

tipo, cadê o critério?

mas o que me mata mesmo é terem tirado o trema. ontem mesmo eu me peguei escrevendo alguma palavra e colocando os dois pontinhos em cima do u. eu me apego, sabem como é, usando ele desde que aprendi a escrever, são anos e anos de convivência. mas sério, tem que ter, senão como é que a gente vai saber como se pronunciam as palavras? tipo, enguiça e linguiça vão acabar virando a mesma coisa. e tranquilo, que me dá uma sensação de estar falando portunhol, tran-kilo (lembrando de patrícia melo e de seu romance de estreia, acqua toffana), como aqueles supostos peruanos que ficam tocando flauta e pedindo uma contribuição para voltarem para seu país?

em resumo: não trabalhamos com reforma ortográfica (e eu preciso contar a história do "não trabalhamos com batata" num futuro próximo).

outra coisa: não que eu seja a favor de mulheres nuas na tv, mas a globeleza deste ano está VESTIDA. não é biquini, é quase uma burka! acho estranho, não tem jeito.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

e-mail

agora, além dos comentários, eu tenho um e-mail pra quem quiser falar comigo em private (e não, não faço pograma):

julietotaleclipse@gmail.com

podem mandar sugestões de post, reclamações e, claro, aceitamos doações em dinheiro, metais preciosos, vale livros, passagens aéreas, produtos de beleza, absolut vanilia...

eu peço: fortuna

como diz minha amiga carol, deus não entende o que a gente pede (aliás, leiam o post dela sobre o reveillon, que, além de se divertirem, vocês vão entender a teoria). por isso, eu passei o reveillon de calcinha amarela, reciclada de anos anteriores, com FORTUNA escrito na bunda. porque DINHEIRO é qualquer quantia, inclusive 2 r$, então vamos ser bem específicos, né?

e, deus, pro favor, se a fortuna vier através de herança, só se for de um parente riquíssimo-porém-desconhecido da austrália que deixou tudo para mim. grata.

e amanhã é a lavagem do bonfim. queria ir lá tomar banho de cheiro, banho de pipoca e banho de cerveja, mas cadê coragem? sendo que, oi? minha mãe vai? com uma amiga de 76 anos que é a mais animada sempre? eu queria entender como esse povo consegue. acho que é porque comjeram galinha sem hormônios durante a maior parte da vida, então ficam assim, serelepes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

lendas do subúrbio - o retorno

antes que alguém me acuse de ficar fazendo propaganda de blogs alheios para não escrever no meu (ô, eu estou tão assídua em 2009...), aviso que o blog de que vou falar aqui já é velho, nem é mais atualizado, mas mora no meu coração para sempre.

só que o infeliz não estava mais no ar, não tinha mais como ler os textos, eu fiquei me sentindo orfã e aí, por acaso (na verdade, este "por acaso" é "a esperança é a última que morre": entrei no blog de um amigo e vi o link lá, e cliquei, assim, descompromissadamente, pra ver se rolava e TCHAN! uma juliana mais feliz), descobri que os textos estavam lá de volta.

tipos, pulando, piscando, dançando e rodando em ritmo de festa! (fany, te dedico!)

então, se você já conhecia mas estava sofrendo com o fim, seus problemas acabaram! e, se você não conhecia, tá esperando o quê?

www.suburbiatales.com.br

resumindo o espírito do blog, uma galera da zona norte do rio fala sobre o modo de vida caléga de uma forma muito engraçada. não precisa ser carioca para se divertir e até se identificar. porque no fundo, todo mundo, por mais nobre que seja, tem um lado suburbano (eu mesma me entrego totalmente por causa das músicas que ouço, algumas eu nem tenho coragem de ouvir na frente dos outros). então, vamos lá!

UPDATE: duda me disse nos comentários que o link não estava rolando pra ela. gostaria de saber, de quem clicar, se teve ou não problemas. mesmo que você nunca tenha comentado, mesmo que esteja aqui só de passagem, se quiser ajudar nesse mini serviço de utilidade pública... tks!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

a-ha, u-hu, 2009 é nosso! - parte 2: a missão.

continuando. e, a partir de agora, os horários ficam aproximados porque, oi, gente? festa, álcool, não dá pra ficar keeping track.

00:01h até 00:15h - pessoas continuam se abraçando, queima de fogos, gente bebendo, boring.

00:16h até 00:59h - pista de dança again, fotos com óculos estranhos, pedidos de sidney magal ao dj.

a partir de 01:00h - as pessoas começam a se movimentar para irem à praia jogar flores pra yemanjá. eu não tenho flores. alguém me dá uma rosa branca. as pessoas saem todas de casa, andando numa espécie de procissão, só que com gente alcoolizada. descubro que para chegar à praia, vamos cruzar 2 pontes de madeira - pontes sem corrimão, no estilo "a ponte do rio que cai" das olimpíadas do faustão, e no escuro! paula vai na frente e eu me apoiando nela, consigo atravessar as pontes sem cair dentro do rio. aí ela diz "então, cuidado, o mar daqui é bravio", e eu olho e vejo UMA FALÉSIA de areia, com a maior cara de que vai desabar a qualquer momento. i said "no, no no!" e fiquei no escuro esperando as pessoas jogarem suas oferendas/cantarem seus mantras/se agarrarem no escuro. eis que aparece O GARÇOM da festa, o dos copos estroboscópicos piscantes, em plena atividade, de uniforme, com 2 garrafas de champagne, uma em cada mão, e diz "senhorita, aceita um champagne?". eu contenho meu espanto, digo "hum, não tenho copo", e ele diz "eu tenho aqui", e tira um monte de copos do bolso. e eu fico no escuro, bebendo champagne e achando digna de um filme aquela cena de gente meio bêbada e feliz na praia, com um garçom servindo todo mundo.

a volta para casa foi até que tranquila, novamente não caí no rio, tudo lindo.

minha irmã foi vista com vida pela última vez lá por este momento. não por mim, que estava sozinha bebendo champagne e pensando que esse ano eu não escapo, tenho que ir ao rio vermelho dia 2 de fevereiro levar uma oferenda decente pra yemanjá, incluindo a do ano passado (mas ali eu não levei porque tinha levado 6 pontos no joelho).

a partir daí, não tenho muita noção de que horas eram em cada momento, mas sei que eu continuei dançando e, graças ao meu cd com músicas festivas, eu sabia exatamente ue pedidos musicais podia fazer. então, a gente sambou, cantou, dançou, pulou, tocaram coisas absurdas, lá pelas 6h da manhã minha sandália arrebentou (R.I.P.), e eu continuei dançando, e já tinha ficado amiga de infância de pessoas de quem eu até agora não sei o nome. aí, começou a ficar aquela vibe "maratona de dança pra ver quem resiste mais tempo" e, quando eu dei por mim, estava puxando a coreografia de billie jean sendo seguida por andré e joelho (que profeticamwente havia anunciado que a madeira ia piar, ninguém acreditou e vejam só). segundo minha irmã, que renasceu no terceiro dia, eu gritava coisas como "agora todo mundo pega no saco!". sol alto, piscininha ali, fui botar o maiô, pulei na água, dormi 20 minutos numa bóia e fiquei com um "bronzeado" vermelho ridículo (quem é que vai virar o ano e lembrar de passar protetor solar?).

moral da história: fui dormir 12:30h, tendo passado do turno da festa pro turno do churrascão matutino, tomando cerveja e tal.

e em homenagem a esse reveillon, eu dedico a mim mesma (sim, qual o problema?) a seguinte música:

ela desatinou
(chico buarque)

ela desatinou
viu chegar quarta-feira

acabar brincadeira
bandeiras se desmanchando

e ela inda está sambando

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando


ela não vê que toda gente
já está sofrendo normalmente

toda a cidade anda esquecida
da falsa vida da avenida
onde

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias

os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando

quem não inveja a infeliz
feliz
no seu mundo de cetim
assim
debochando
da dor, do pecado

do tempo perdido
do jogo acabado

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

uma coisa que eu adoro

adoro músicas que terminam com aquele "tcha-tcha-tcha". elas costumam ser boas de cantar junto ou no videokê, além de terem um pé na cafonice (alguém disse la barca ou diana?).

p.s. esse post foi inspirado na série de quadrinhos "2 coisas que eu odeio e uma que eu adoro", de angeli. mas hoje eu não estou odiando nada, então fiz só a "uma que eu adoro". e quem nunca leu nenhuma tirinha desta série, recomendo procurar, são hilárias!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

a-ha, u-hu, 2009 é nosso!

2009 começou com virada eclipsante. e eu achei isso muito bom, já que existe esta lenda de que o que você faz na virada, você vai fazer o ano todo (ou seja, você vai passar o ano todo abraçando gente e bebendo champagne, ao som de alguma música estilo "hino do senhor do bonfim", "what a wonderful world" ou similar).

mas para dar um toque de cor local, que tal uma cobertura minuto a minuto da apoteose? me sigam!

30/12
tenho toda uma programação que é atrapalhada pelo fato de que meus pais sumiram desde a hora em que eu entrei no banho, de manhã, e um casal de amigos deles chegou para almoçar, o que me faz ficar na sala conversando ao invés de gravar o cd com músicas para o reveillon. pais aparecem mais de 13:30h, quando eu já estava desmaiando de fome. ganho um vestido xadrez da mamãe e do papai e uma garrafa de veuve cliqcot da amiga da mamãe. o almoço, entre conversas, termina quase 4h da tarde. saio correndo para comprar os espetinhos que serão nosso churrasco de sábado. vou para a perini e compro o que falta. virtuosamente, após uma conversa com minha irmã, vou ASSISTIR AULA (sim, creiam). claro que fiquei me achando *A* pessoa responsável, que marcou pontos com deus/jeová/javé/tupã/jah/whatever.

aí, no meio da aula, dispara um alarme de carro, entra um colega meu na sala e diz "de quem é o fox preto?" (observem, O fox preto, não UM fox preto, então só podia ser o meu). o que aconteceu? simples: 3 amigas que vieram de aracaju passar o reveillon em salvador estavam saindo de ré da garagem do hotel do lado do curso e, sem querer encostaram (/sendo sutil) no meu carro.

no meu carro fofo.

/chora

31/12
acordo 05:15h da manhã, não consigo dormir nunca mais, e vou gravar o cd do reveillon. seleção das melhores e mais animadas músicas que poderiam agradar a várias pessoas. apanho lindamente do windows media e do iTunes. tento com todas as minhas forças gravar um disco no windows media que tenha só mp3, sem arquivos wma, mas não consigo descobrir como fazer isso. tento fazer pelo nero. penso em chorar. tomo café, arrumo minhas coisas de olho na seleção musical, rola aquele típico stress de viagem/reveillon em que todos que vão viajar estão meio ríspidos, consigo gravar o cd e penso "que se foda o gambá", vamos para arembepe, vamos para o local da festa.

20:30h - sento numa mesa na piscina, ainda sem estar pronta para a festa, e começo a tomar cerveja.

21:00h - o garçon aparece, se apresenta, e tenta convencer as pessoas a beberem em copos estroboscópicos piscantes que, não sei como, não desencadearam uma crise de epilepsia em alguém, estilo pokemon e as crianças do japão.

21:15h - joelho diz que dentro de uma hora mais, "a madeira vai estar piando". minha irmã diz "até parece que você vai ficar, sei lá, dançando de cueca".

21:20h - joelho se queixa que um gelo piscante é muita animação. todo mundo sacaneia dizendo que nem música estava tocando ainda.

21:30h - andré, amigo e dj, aparece na área da piscina. alguém pergunta o que ele vai tocar, e ele responde 'não tenho a MENOR idéia".

21:31h - vou trocar de roupa.

22:00h - volto para a festa, onde já tocava música, e tinha mais gente bebendo.

22:30h - vou comer, afinal, a noite é longa.

22:35h - bato o maior prato.

22:40h - soninho, penso se vou conseguir durar muito na festa.

22:45h - começo a dançar sentada.

23:00h - vamos dançar na pista. toca hung up e eu faço uma versão geriátrica da coreografia do clipe (afinal, quem é que tem preparo físico pra se jogar no chão?). começa a surtação.

23:10h - descobrimos que joelho foi ali tirar um cochilo.

23:50h - momentos de desespero tentando passar o tempo com músicas curtas antes da virada.

23:57h - as pessoas começam a surtar que já é ano novo. sinto falta da contagem regressiva de uma pessoa com autoridade e um microfone na mão. começa uma discussão a respeito de que horas são mesmo. ligo para a hora certa.

23:58h - as pessoas resolvem declarar que já é 2009, se abraçam, tomam champagne, minha irmã chora, tudo isso ao som de "gracias a la vida", e eu dizendo a pessoas aleatórias que violeta parra supostamente compôs essa música e se matou. percebemos que joelho conseguiu acordar e voltou para o convívio social.

01/01
00:00h
- feliz 2009! adeus ano velho, feliz ano novo, etc, etc.

agora, faremos uma pequena pausa, mas a continuação desta eletrizante aventura, onde esta galerinha muito louca vai aprontar altas confusões para conquistar o coração desta tremenda gata vem logo logo. não percam!

acorda que 2009 já chegou!

um ano novo em folha é bom, mas tem suas desvantagens. por exemplo, depois de compras de natal, natal partes 1, 2, 3 e 4 (não tenho culpa se minha família é grande e cada um estava aqui em uma época diferente), preparativos do reveillon, reveillon e pós-reveillon, não sei onde ficou meu ritmo de estudos (possivelmente, em algum lugar entre salvador e a estrada do côco)...

aceito sugestões dos leitores para retomar minhas atividades com fé, força e disciplina (/osegredo), já que, segundo eu soube, segundo o horóscopo chinês, esse é o ano do boi - resiste sem reclamar e alcança prosperidade com paciência e trabalho duro. então, vamos torcer para que eu encarne esse espírito bovino. só o espírito, o corpo eu dispenso. aliás, quero essa paciência e trabalho duro também na academia, onde eu não piso meus pés desde meados de dezembro...

em tempo: não bastasse eu me sentir burra por causa de tudo o que eu não sei no universo jurídico (esse grupo do tudo que eu não sei tende ao infinito), estou agora me sentindo potencialmente analfabeta graças à maldita reforma ortográfica. não sei mais usar o hifen e super me estressei com os ditongos abertos decrescentes que não têm mais acento (heroi? paranoia? eca!). não gostei, é mais uma coisa para baixar minha auto-estima (caralho, não sei se essa porra de hífen está corretamente empregada!).

outra coisa, autossabotagem é uma palavra que fica horrivelmente escrita pelas novas regras.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

hoje é um novo dia de um novo tempo que começou...

ah, povo, feliz ano novo pra todo mundo! estou esperançosa com 2009... e depois conto meu reveillon pra vocês, pois merece um post.

relembrando clássicos da infância: atari

algumas pessoas, no caso, os jovens leitores deste blog, acostumados com guitar heroes da vida, videogames de última geração e afins podem não acreditar, mas, na jurássica e cafona década de 80, aqueles que já tinham nascido se divertiam jogando videogame.

tudo bem que a bolinha do ping pong era, na verdade, um quadrado quicante, e que o joystick era composto apenas por um botão e um controlador de direção, tipo manche de avião. é, gente, era só isso, um mísero botão. hoje em dia, quando eu vejo aqueles controles com 10 botões, fico sem saber como as pessoas conseguem jogar, mas aparentemente é um problema que só eu tenho (acho que o pessoal é polvo mutante e eu não estou sabendo).

alguns jogos todo mundo conhecia, e jogou, como pac man (ou come-come), enduro (de corrida de carrinhos), river raid (avião que atirava em helicópteros, navios e pontes, e tinha aqueles postos de gasolina chamados FUEL =P), pitfall (indiana jones wannabe)... outros bem populares eram jungle cruise (aquele em que o cara nadava no rio dos jacarés, pulava cocos e tal), keystone keapers (o do guardinha que perseguia o ladrão), freeway (que deve ter se originado da piada "por que o frango atravessou a rua?"), bobby is going home (jesus, que música chata!), decathlon (o jogo mais destruidor de joysticks ever!), chopper comand...

aliás, no reveillon, cheguei à conclusão que poliana estava dormindo em algum momento da década de 80, porque ela não tinha idéia da existência de decathlon e do seu papel de treinamento para punheteiros de toda uma geração.

e adventure? o herói que era um quadrado, e com uma espada que parecia uma seta de indicação de direção, matava os dragões, abria o castelo com a chave, e pegava uma taça piscante, para levar para o outro castelo. a fase 1 era tranqüila depois que você decorava o caminho pelo labirinto, mas as fases 2 e 3, que tinham mais dragões e um morcego ladrão, além do labirinto invisível, eram meio impossíveis.

outra coisa: o console esquentava. ou seja, você não podia ficar jogando o dia todo sem parar, porque supostamente o videogame poderia explodir. então, as mães tinham a desculpa de "o videogame precisa esfriar um pouco!" para tirarem seus filhos da frente da tv.

eu ganhei um atari em algum natal da década de 80, imagino que lá por 1985, comprado na mesbla. tinha alguns cartuchos, mas legal era quando um amigo ia na sua casa e levava as fitas dele, ou quando a gente ia pra casa de minha avó, em são felipe, e jogava com tios e primos (no caso, primas).

minha irmã teve um master system depois (tinha o sensacional jogo moon walker, com dancinhas de michael jackson). eu joguei, era legal... mas não era a mesma coisa. nem eu era mais criança... mas digo, adoraria jogar de novo atari. de verdade, com o joystick de verdade, na tv. no computador, não é a mesma coisa.

eis que às vésperas do reveillon, eu descubro estas pérolas: videozinhos contando a história do videogame! gente, recordar é viver.



neste vídeo, tem os jogos lançados entre 1978 e 1980. dá pra relembrar adventure, pac man, boxe e ski (os nomes dos jogos aparecem na parte inferior do vídeo, do lado esquerdo).



aqui rolam, entre outros, freeway, jungle hunt, ms. pac man, pac-man, pitfall, river raid e enduro.

(achei essas preciosidades no UOL jogos, aqui)